terça-feira, 30 de outubro de 2012

O que eu penso da demissão de Ismael Mussa (parte 1, 2 , 3 e conclusão)

 

by José Belmiro on Monday, 18 April 2011 at 14:18 ·
I- da alegada crise do MDM
Não é verdade que o MDM esteja em crise, quem está em crise é o Dr Ismael Mussá:

‎1-Na tradição africana pela qual os nossos partidos se fundem, cabe ao Chefe (Presidente) nomeiar, dirigir, ordenar e por se tratar de partidos patrimonialistas, proceder a gestão e distribuição dos bens!

2.Isto acontece na Frelimo, na Renamo, no MDM e nas familias. O Presidente é como Pai, é o iluminado, o clarividente...por ai em diante. Percebo que Ismal Mussá esteja frustrado com este modus operandi na medida em que foi forja...do numa escola diferente (Brazil) logo ele é que ainda não percebeu em que país está, razão pela qual, entrou em crise na Renamo e ja agora no MDM. O MDM Foi criado por pessoas que estavam fartas de esperar pela sua vez na Renamo (com Geraldo Carvalho à cebeça) e viram no sucesso eleitoral de Daviz nas autárquicas (sucesso este a custa da comoção e pena que gerou o seu afastamento da Renamo aliado as benesses que andou a distribuir pelos líderes comunitários da Beira) uma oportunidade para finalmente terem acesso aos fundos do Estado através da sua participação na Assembbleia da República. Por tanto, aquele partido não reúne pessoas que se identificam ideologicamente mas sim por uma questão de interesses mútuos pelo dinheiro e benesses do Estado. A alegada frustração tem a ver também com o facto de muitas destas pessoas não terem entrado ao parlamento sendo por isso neste momento frustradas..

3- : Ismael Mussá pensou (por culpa da sua visão de organização politico partidaria obtida por via da sua vivência no Brazil) que Daviz Simango era talvés, uma pessoa diferente. Não percebeu ele que estava perante um líder tradicion...al africano, que acha-se do direito de ser o detentor do poder absoluto. Pensou Ismael que sendo SG do partido iria dirigir sob sua própria iniciativa o rumo do partido. Aqui não é assim que acontece. o SG de um partido é um ajudante do presidente do partidido devendo cumprir fielmente com as ordens emanadas pelo clarividente e visionário Chefe no caso vertente o Presidente. Ao SG não se exige pensamento mas lealdade e cumprimento escrupuloso das decisões deste.

Parte II-Do perfil da nossa oposição
Como fizemos referência da reflexão anterior, não há nada de ideológico nos partidos moçambicanos/africanos: aliás existe: a ideologia funda-se no acesso aos bens e recursos do Estado.
Todos nós sabemos (pelo menos todos aqueles com honestidade intelectual sabem) que o partido dominante (Frelimo) controla quase que a título exclusivo, os bens do Estado e controla os detentores dos recursos a nível do sector privado, impedindo por isso, o acesso dos mesmos por parte dos partidos da oposição.
Este facto faz com que a oposição seja frequentada pelos excluidos, pelos menos formados , pelos menos hábeis enfim...por todos aqueles que acham que não tem espaço na Frelimo. Isto porque, os formados, os intelectuais...acalentam a expectativa de um dia serem chamados pelo sistema para terem também o seu "quinhão" do bolo deste forno chamado Estado. Por isso, ou se identificam imediatamente como membros da FRELIMO ou pelo menos fazem de tudo para não se comprometerem. Idem para os empresários, ou se identificam com a Frelimo ou procuram manter o silêncio cumplice com o sistema.
E o que resta para a oposição? NADA. Assim, a oposição em Moçambique/África é feita em regra pelos analfabetos, desempregados...e outros excluidos sistemicos.
Assim, os "excluidos" por via de processos históricos (família SIMANGO, DLAKAMA, MATSANGAISSE...) juntamente com os excluidos actuais (desempregados e outros) juntam-se em organizações que designam de "partidos políticos da oposição". Os fins destas organizações são as mesmas: procurar ter acesso aos bens do Estado aproveitando alguns espaços que a Frelimo deixa para legitimar que em Moçambique existe a tal Democracia imposta pelos ocidentais.

Do alegado nepotismo no MDM
Nos pontos 1 e 2 falei sobre as razões que levaram a formação do MDM. Disse que não se tratava de um partido que juntava pessoas que comungam uma visão sobre o processo de construção de um país mas sim, tratava-se de pessoas que viram nesta plataforma, um mecanismo para acederem aos altos cargos do Estado nomeiadamente: O PARLAMENTO e por via disso terem acesso as competentes benesses. Para quem lê jornais, terá lido a entrevista de Dionísio Quelhas, antigo deputado da Renamo onde, queixa-se de ter sido relegado do primeiro lugar das listas à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Manica, para o sétimo lugar.
Na verdade, tanto Ismael Mussá, Quelhas, Colaço e outros quatro subscritores da badalada carta, não conheciam profundamente Daviz Simango, antes deste entrar em ruptura com Afonso Dhlakama. Daviz também não os conhecia para além de os ver no parlamento/nas escassas reuniões convocadas por Dhlakama. Daviz Simango viveu na Beira e é lá onde forjou as suas amizades tanto a nível pessoal como político. Aliás, as tais pessoas que hoje são acusadas de fazerem parte do núcleo duro do MDM, são as mesmas que fizeram parte do elenco de Daviz Simango no seu primeiro mandato no Conselho Municipal. Foi com estas pessoas que Daviz Simango foi sucessivamente elogiado tanto internamente ou externamente. Estas pessoas é natural que estejam ligados a Daviz Simango neste segundo Mandato e deposite também nelas maior confiança na gestão do MDM. Daviz Simango vive na Beira, o MDM nasceu e tem a sua maior base de apoio na Beira e é de lá que o partido deve ser dirigido. A sede formal do MDM só está em Maputo porque a lei assim o exige. Mais ainda, o secretariado do MDM é impossível que funcione na medida em que os seus os responsaveis pelos pelouros muitos deles não vivem na Cidade de Maputo. Vivem na Beira. Exemplos, Geraldo Carvalho Mobilização (mentor é cara do MDM) , Élias Puire, José de Sousa entre outros.
Não quero acreditar que Daviz Simango ao confiar um conjunto de pessoas que já vem trabalhando com elas há mais de dez anos e com sucesso, afigure-se um acto de Nepotismo.


Perante estes factos:
Estará o projecto do MDM em causa? A minha resposta é não.Infelizmente, em Moçambique (e em outros países com baixos níveis de alfabetização e consciência política) a política de CASOS não influência no resultado final. Mais ainda, Ismael Mussá não tem nenhuma influência nas bases do MDM. A sua influência está nas camadas esclarecidas, por sinal, poucas e por isso insuficiêntes para pôr em causa Daviz Simango e o MDM. Em outras palavras Mussá joga um papel no MDM no plano externo mas internamente, figuras como Geraldo Carvalho tem maior peso político que Ismael Mussá.

O MDM tinha ou têm um projecto político? A Minha resposta é também negativa. O MDM nunca teve um projecto político diferente dos outros partidos. Chegaram ao parlamento em grande medida à custa da governação de Daviz Simango na Beira e com apoio dos jovens (do nível médio e superior) ainda embuidos por utopias e alguma carga de rebeldia. Os jovens não votaram no MDM por se identificarem com o projecto (muitos nem leram o manifesto) mas viram em Daviz Simango, um simbolo de rebeldia (desafia a Frelimo e a Renamo juntos).

Obviamente, tanto a Frelimo como a Renamo procuram através das suas influências na comunicação social, criar um grande importância a demissão de Ismael Mussá, como parte da sua estratégia de fragilizar Daviz Simango e não o MDM na medida em que o partido depende da existência política de Daviz. Sobre este ponto de vista vejam a dimensào que foi dada a Raúl Domingos depois de sair da Renamo...falou-se tanto dele, projectou-se uma grande imagem dele quando na verdade não representava nada em termos concretos, razão pela qual não consegue montar o seu partido muito menos entrar na Assembleia da República. Neste momento Ismael Mussá (de uma forma incosciente, creio eu) está ser usado nesta campanha de minar Daviz Simango. No final meus amigos, ele vai descobrir que aqueles que hoje o agitam a falar mais e mais...são seus piores inimigos!
Dou por aqui terminada a minha opinião. Em momento algum quis confundir os meus pontos de vistos em uma análise política ou academica. São apenas reflexões de um cidadão moçambicano atento na política nacional!
Aquele abraço.
José Belmiro

1 comentário:

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