quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O dilema da administração do Belas e o discurso do PR - Neves Jacinto



Luanda - Já lá vai pouco mais de um ano, desde que houve a nova divisão administrativa de Luanda. Mas pouco ou mesmo nada se vê sobre as vantagens e benefícios, prometidos. Devo dizer que qualquer mudança do género deve ser feita em prol do desenvolvimento, em que a população venha a sentir os seus efeitos.
Fonte: Club-k.net
O Sr. Governador de Luanda, em Dezembro ultimo, lançou um desafio, segundo o qual em 2013, Luanda teria uma nova imagem, particularmente no que concerne as zonas de mercados informais. Decorre uma grande operação para o efeito, mobilizou-se os agentes de fiscalização a correr com os vendedores, apreende-se vários produtos e mercadorias, mas, o resultado esta nos olhos de quem vê e nos ouvidos de quem ouve, negativo. Pois para a solução deste dilema, primeiro tem que se atacar a causa, depois o efeito.

O mais novo município que Luanda ganhou, o município de Belas, que herdou uma vasta área do que pertencia antes do então município da Samba, não tem se visto qualquer melhoria ou resolução dos seus problemas.

A senhora administradora municipal de Belas, Joana Quintas, hoje chamada por “mamã” pelos seus funcionários bajuladores, ao invés de mostrar trabalho, instalou um clima de tensão e desavenças entre funcionários, sobas, munícipes, etc.

Antes da divisão administrativa de Luanda, os pedidos para regularização de terrenos e licenças de construção, eram deferidos em tempo útil pelo administrador Adão Malungo.

Joana Quintas, que talvez entende mais de assuntos partidários que de administração, perpetua os deferimentos, o que tem causado enormes transtornos aos munícipes. Esta atitude da “mama” segundo alguns funcionários é um modelo para obrigar o requerente a endereçar-se pela via da gasosa. Um esquema montado com os seus próximos, dos quais a sua fiel secretaria, Tatiana e a ex administradora da Vila Estoril, senhora Leonor e ainda o seu adjunto. Não é em vão que a “mama” povoou a administração com seus familiares. Seria importante averiguar com que dinheiro “mama” paga os ordenados destas dezenas de pessoas que ela transportou, principalmente seguranças ou capangas seus, ate parece o chefe de estado e da nação, para quem já viu o show da “mama” sabe que não estou a exagerar. Citam que é muito próxima do governador, o que a torna mais prepotente e vaidosa.
E tal como afirmou o presidente da República “ a politica de nomeação de quadros para cargos de nomeação e chefia na administração pública é muitas vezes vinculadas a cargos electivos partidários, mas nem sempre o perfil destes quadros que estão mais familiarizados como o trabalho politico de massas, e de organização e de funcionamento interno é adequado para as tarefas administrativas e para exercer a autoridade do estado e a seu nível”.
Existe uma lista enorme de processos de litígios de terreno, particularmente na zona do Bem-vindo, a “mama” ao invés de procurar solucionar administrativa ou juridicamente a situação, fez-se de malabarista, insinuando outras razoes. Alguns afectados acusam-na de fermentar o problema para tentar também apoderar-se de alguns terrenos.
O ordenamento do trânsito no perímetro do antigo controlo do Benfica em direcção ao Ramiro, esta lastimavelmente péssima. A então administração da Samba, juntamente com o ex administrador comunal do Benfica, António Francisco haviam elaborado um plano para se acabar com o mercado informal que ai se encontra, facto que tem descaretizado a zona e substancialmente coloca em perigo os seus usuários. Este plano consistia em albergar o mercado junto a um terreno tangencial a via, que fora preparado com o apoio da empresa Odebrecht que devidamente limpou a via. Mas, na véspera surge então a nova divisão administrativa e este plano foi entregue para a “mama”. Maldita hora, pois este terreno hoje encontra-se vedado, em vias ou talvez já privatizado. Não há dúvidas, que a “mama” tem o rabo preso.
Sabe-se também que a mesma tem procurado, apodera-se de terrenos entregue pelos sobas para construção de infra-estruturas sociais, ou seja, em certos casos alega que nele será erguida uma obra para benefício da comunidade, tempo depois vem-se a construção de obras de interesses pessoais, alguns terrenos são vendidos ou atribuídos a amigos e familiares, o que já criou recentemente uma pequena manifestação junto da administração tanto do Benfica como de Belas.
É necessário que a administradora acate as recentes recomendações do presidente da república, trabalhar em prol do povo, evitando a intriga e os problemas pessoais.
Não existe nada contra a senhora administradora, mas devemos ter a coragem de alertar e denunciar, pois gostaríamos muitos que os nossos problemas, alguns aqui citados fossem vistos e minimizados, não só a nível desta administração, mas também nos outros órgãos, tanto publico e privados.

dr. Neves Jacinto.

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