sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Presidente, o 25 de Abril e o futuro

 

26/04/13 00:30 | Económico
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O Presidente da República fez no dia 25 de Abril um dos discursos mais contundentes desde que chegou a Belém.
O Presidente da República fez no dia 25 de Abril um dos discursos mais contundentes desde que chegou a Belém. Cavaco Silva zurziu à direita e à esquerda e nem os países da zona euro e a ‘troika' escaparam às críticas. Destacou o desemprego como uma prioridade da acção governativa e afirmou que o efeito recessivo das medidas de austeridade se mostrou superior ao previsto. Em nome dos portugueses, apelou a um consenso político alargado enquanto estiver em vigor o actual ciclo de ajustamento e lembrou que a conflitualidade permanente vai penalizar os agentes políticos mas, acima de tudo, o interesse nacional. Acusou a ‘troika' de levar os governos dos países em dificuldades a violarem regras básicas de equidade, numa alusão ao chumbo do Tribunal Constitucional a medidas contidas no Orçamento do Estado.
O que Cavaco disse são evidências e só surpreendem pela acutilância do discurso. O nível cívico dos políticos ficou patente no facto de, alguns, irem lançando apartes durante a intervenção do Presidente e muitos permanecerem sentados no final. Cavaco procurou forçar o PS a aceitar um entendimento com o Governo para o médio prazo e justificar a acção do ministro das Finanças. Portugal está perante uma das mais difíceis crises da sua História e se os principais dirigentes políticos não se entenderem não será possível fazer crescer a economia e recuperar a dignidade social de muitos portugueses.

O certo é que ninguém se ficará a rir se o País não cumprir aquilo a que se obrigou a nível internacional e não recuperar a independência administrativa perdida aquando do pedido de ajuda externa. Em 25 de Abril de 1974, Portugal rejeitou uma ditadura de 48 anos que o amordaçava. Quase 40 anos depois, tem de saber rejeitar uma tendência irresponsável que o afundará numa espiral de endividamento e de miséria.
 
fernando condesso , Lisboa | 26/04/13 14:03
O facto de o PR, neste seu discurso hermafrodita, como sempre não é claro, nada cria, nem revela intervenção eficaz. É verdade que procurar forçar os partidos a aceitar um amplo "acordo de regime" para uma governação a médio prazo, o que nada tem de criticável. Só o parecer dirigido ao PS, e assim interpretável como apela à aceitação pela oposição da errada política do Governo/Tróica. Apelo a a Acordo seria um apelo a uma políica de consenso e portanto de clara crítica à actual política e der afirmação da necessidade da oposição para rumos diferentes. Veja-se Manuel Ferreira Leite, contra certo despesismo excessivo de Socrates, mas contra todas as políticas ditas curativas mas de facto amplificativas dos problemas de Gaspar. Portanto, que pena que o PR não tenha explicado que acordo que está na mente não era de submissa ao ultraliberalismo, austeridade e falsas reformas estruturais, que só fazem ocultar conjunturalmente os dados da crise do OE e dívida        
 
Oliveira Martins , Luanda | 26/04/13 11:53
Que mais podíamos, em boa consciência, esperar deste senhor ? O monstro, que anunciou estar a devorar o País, foi criado por ele . O seu grupo de amigos políticos, a começar por Conselheiros de Estado actuais e passados, sabemos bem quem são . O que antes era responsabilidade do Governo em exercício passou a ser da Europa e da sua má política . O seu melindre por não ter sido informado do PEC 4 , e diga-se com razão, passou a compreensão , ou informação privilegiada escondida, quando se trata de negócis com a Troica .
Coitados dos Portugueses se continuam a não querer perceber que essa dita elite política e não só, apenas continua a tratar da sua vidinha e o resto logo se vê, porque os compadrios que estão instalados nesse País , não permitirão sequer que o chamado povo possa respirar .        

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