quarta-feira, 9 de abril de 2014

Para o restabelecimento da paz e tranquilidade pública no país Governo não vai encerrar negociações antes de desarmar a Renamo

- Assegura o Chefe da Bancada da Frelimo na APM, Romão Mutisse

O Chefe da Bancada da Frelimo na Assembleia Provincial de Maputo (APM), Romão Mutisse, asseverou, nesta terça-feira, na cidade da Matola, Província de Maputo, que o Governo de Moçambique, através dos seus representantes no diálogo político com a Renamo, não vai encerrar as rondas negociais antes que alcance um acordo com garantias que o antigo movimento rebelde fique total e completamente desarmado e que os seus homens regressem a casa, libertando as florestas porque para além das comunidades dos distritos afectados, os animais que vivem nos parques nacionais precisam da paz e tranquilidade.
Por: Daniel Paulo
Romão Mutisse, que falava por ocasião da abertura da IX Sessão Ordinária da Assembleia Provincial de Maputo, assinalou que é na prossecussão deste desiderato que o Governo tem vindo acomodar quase todas as exigências da Renamo mesmo sem fundamento, mas, para salvaguardar vidas humanas que estão sendo ceifadas inocentemente.
“Alguns animais são transferidos do Kruguer Park, na África do Sul, onde reina a paz dos animais e chegam ao Parque Nacional de Gorongosa apanham armas da Renamo”, lamentou Mutisse, para depois saudar a delegação do Governo pelos resultados que tem vindo alcançar no diálogo político com a Renamo com vista ao restabelecimento da paz e tranquilidade seriamente afectadas pelas acções belicistas e desumanas deste que até agora é o maior partido de oposição no país.
O Chefe da Bancada da Frelimo anotou que depois dos resultados alcançados na mesa do diálogo político, não faz sentido que a Renamo continue a matar pessoas indefesas e inocentes e a destruir infra-estruturas públicas e privadas.
Os homens armados da Renamo protagonizaram, no passado dia 1 de Abril corrente, ataque ao comboio de transporte de carvão da mineradora Vale Moçambique, na zona entre Samacueza (no Distrito de Muanza) e Savane (no Distrito de Dondo), Província central de Sofala, tendo ferido gravemente o seu maquinista.
“Nós a Bancada da Frelimo reunidos nesta IX Sessão Ordinária da Assembleia Provincial de Maputo, condenamos e repudiamos veementemnete os ataques de todo tipo e tamanho que a Renamo tem vindo a protagonizar contra a população indefesa e inocente, Forças de Defesa e Segurança e a destruição de bens económicos”, disse, ajuntando que “apelamos a Renamo e ao seu líder para cessar incondicionalmente estas acções bárbaras e desumanas”.
Num outro desenvolvimento, aquele membro destacou o civismo e a disciplina demonstrada pela população eleitora do país em geral, e da Província de Maputo em particular, desde o recenseamento eleitoral até ao dia da votação, não obstante tantas ameaças dos sedentes do poder, a Renamo, que para além de não participar no processo, não iria permitir que as mesmas tivessem lugar em Moçambique.
“O povo moçambicano respondeu a Renamo e ao seu líder e mostrou como se faz a democracia e não só como também em relação aos crimes sucessivos que tem vindo a protagonizar”, avançou, para depois sublinhar que “o povo vai julgar e proferir a sentença no dia 15 de Outubro do presente ano”.
O ano de 2014 é o ano das eleições gerais, legislativas e das assembleias provinciais.
Para o efeito, está a decorrer o recenseamento eleitoral em todo o país.
Mutisse apelou à participação massiva da população com idade eleitoral ou a completar no dia 15 de Outubro próximo, dia da votação, para que tenham o direito de exercer o seu dever de cidadania.
“Para que o País e a Província de Maputo em particular, alcance níveis de desenvolvimento desejável, é necessário a união de esforço de toda uma sociedade organizada e estruturada onde os seus habitantes estejam comprometidos com a mesma causa, o bem estar de todos”, indicou, vincando que “para isso acontecer, é necessário compreendermos que todos somos moçambicanos, com mesmos direitos e mesmos deveres, devemos assumir a cidadania como elemento que nos une na nossa diversidade cultural”.
DIÁRIO DO PAÍS– 09.04.2014

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