quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Porque querem os EUA fornecer armas ao Vietnã? - Notícias - Internacional - Voz da Rússia

EUA, Vietnã, armamentos

Os EUA poderão levantar muito em breve o embargo ao fornecimento de armas dos Estados Unidos ao Vietnã. A questão foi abordada durante a recente visita a Hanói, Da Nang e Ho Chi Minh do chefe do Estado-Maior Interarmas dos EUA general Martin Dempsey.

No Vietnã muitos consideram que as armas estadunidenses ajudarão a aumentar a capacidade de defesa do país perante o crescente poderio militar da China e sua atuação no mar da China Meridional. Mas o preço que o país irá pagar pelo fornecimento dessas armas poderá ser muito elevado, considera o catedrático de história dos países do Extremo Oriente da Universidade Estatal de São Petersburgo Vladimir Kolotov:
“Se nos referimos a armas de alta precisão, estas têm chips incorporados capazes de receber comandos à distância. O uso desse armamento cria o risco de envolvimento do país em um conflito militar grave, porque um míssil pode ser lançado por tipo de armas do outro lado do oceano contra o lado que interesse ao fornecedor dessa arma. Além disso, ao fornecer armas ao Vietnã, os EUA irão aumentar sua presença no país e criarão terreno fértil para uma “revolução colorida” e para a derrubada de um sistema vigente desfavorável a Washington. Os resultados disso podem ser observados na Geórgia, na Líbia, na Síria e agora também na Ucrânia.
Aumentando o nível de equipamentos do exército e da marinha vietnamita, os EUA irão provocar o Vietnã a se opor militarmente ao seu principal adversário geopolítico – a China. Para os EUA o Vietnã é um território onde a China poderá se enterrar por muito tempo. Se recordarmos a expressão “língua de boi”, com que os vietnamitas batizaram a fronteira declarada unilateralmente pelos chineses como sendo seu território no Mar da China Meridional, podemos dizer que, ao vender suas armas ao Vietnã, os EUA irão tentar obrigar o “boi chinês fincar os cornos” no Vietnã, ficando aí atolado. Quais poderão ser os resultados disso, podemos observar mais uma vez nos muitos exemplos de um passado recente. Um deles é o Iraque. Saddam Hussein, que esteve em guerra com o Irã durante 10 anos, em nome dos interesses dos EUA, nem salvou a si mesmo, nem salvou seu país.”
Nesta situação é útil recordar a própria história do Vietnã, refere o professor Kolotov. Nguyen Phuc Anh, o fundador da dinastia Nguyen, durante sua guerra contra a dinastia Tay Son fez um acordo com os franceses, adquiriu-lhes armas, e simultaneamente fez concessões em questões como a liberdade de religião, plantando assim uma bomba-relógio no Estado por ele criado, o qual sucumbiu precisamente às mãos dos franceses.
As tecnologias para derrubar regimes indesejáveis, entretanto, evoluíram muito. O levantamento do embargo será condicionado por concessões em matéria de direitos humanos, de liberdade religiosa, de democratização e outras. No passado a elite vietnamita não percebeu os perigos do colonialismo, tendo preferido viver num mundo de ilusões. Ao tomar neste momento decisões administrativas fundamentais, é importante recordar as lições da história de seu próprio país e dos outros.
  • #mario silveiramario silveira23 Agosto, 12:57
    Os ships agregados a exportação bélica é coisa antiga, funcionado nas mesma condições sibernética da Internet, só que com muito mais sotificação, e podem ser incorporados a qualquer tipo de armamanto, tal qual colocação de marcadores de alvo.
  • #Andre ArnerAndre Arner23 Agosto, 17:45
    existem religiões criminosas como maçonicas, judaicas, islã, protestantes americano , todos esses sao mafiosas terroristas politicamente ( liberdade religiosas no pais controlado politicamente nao atrapalham desde que dar limite a religião ).
  • #Odair Gonçalves BatistaOdair Gonçalves Batista23 Agosto, 20:28
    Seria uma piada de mal gosto, por duas razões primeira se trata de armamentos inferiores aos russos, e segundo será um constrangimento para seus soldados armas dos EUA, e além do mais se os Vietcongs ganharam a guerra deve em muito a baixa fiabilidade dos fuzis americanos os quais nunca foram páreos para os AK-47.
  • #eros josé alonsoeros josé alonso23 Agosto, 21:41
    Vejo que uma decisão de Washington para atacar a China poderá ser efetuada por armas em mãos do Vietnã sem que os próprios vietnamitas tenham decidido isso. E pior um míssil pode ser desviado claramente do trajeto que quem o disparou decidiu.Uma forma de fazer guerra com a mão do gato, mas sem que o gato queira participar.O tal chip está em tudo, até nos celulares e afins. O produto americano não é mais de confiança.Nem armas e nem tecnologia alguma.

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