quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A fraqueza das instituições moçambicanas que lidam com processos eleitorais

MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE
PRESIDENTE
Moçambicanas e Moçambicanos;
Permitam saudar vos em nome dos órgãos, membros e simpatizantes do Movimento Democrático de Moçambique, com esperança da luta que dia a dia enfrentamos na solução dos vários desafios.
Acabamos de assistir a divulgação dos resultados eleitorais de 15 de Outubro anunciados pela Comisão Nacional de Eleições, que vem confirmar mais uma vez a fraqueza das instituições moçambicanas que lidam com processos eleitorais.
Caros concidadãos.
Aquele que se cala diante de um acto injusto, colabora para que a injustiça se perpetue. Assim como me dirigi ao povo moçambicano por ocasião dos acontecimentos nas eleições do dia 15 de Outubro, venho, em nome do MDM - Movimento Democrático de Moçambique, neste momento em que a CNE acaba de divulgar no seu entender os resultados oficiais, expressar meu profundo pesar por essas que foram eleições manchadas por um combate desigual de forças durante a campanha eleitoral e que tiveram, nos comprovados actos de fraudes e de violência, o seu descrédito final.
Não podemos, como lideranças da oposição responsável, democrática e pacífica que o MDM representa, aceitar, sem nenhuma manifestação de repúdio, os resultados ora apresentados. Resultados que não são credíveis, tendo em vista os inúmeros relatos de irregularidades documentados por nós e conhecidos por toda a sociedade, pois que foram largamente apontados pela imprensa independente, pelos organismos de observação eleitoral, por membros de distintos partidos, pelo próprio povo, assim como por personalidades nacionais e internacionais que manifestaram sua preocupação com o processo do escrutínio em Moçambique.
O MDM, afirma, em nome da seriedade e da ética, que precisam ser defendidas neste momento, que não aceita os resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições e que vamos continuar a nossa luta, através das medidas judiciais que nos são de direito, como nos garante a nossa Constituição.
Nossa luta é pela esperança por um país verdadeiramente livre, que garanta aos moçambicanos a certeza de que seu voto será defendido e que a vontade soberana será garantida. Infelizmente, dentro dos acontecimentos que vivemos, isso não é uma realidade.
Dirijo-me a todos os moçambicanos, que estiveram nas filas de votação desde as primeiras horas da manhã, a enfrentarem horas e horas de fome e de cansaço, para garantir seu direito cívico de votar e que não se sentem representados pelos resultados divulgados: saibam que o MDM será sempre a vossa voz. Lutaremos, como sempre foi o nosso compromisso, com as armas pacíficas do protesto e da batalha judicial, em defesa desse direito conquistado com tanto sacrifício. Nosso partido, mais forte do que nunca, sabe da missão que lhe é responsabilidade e não fugirá à luta.
Bem-haja a todos e que Deus abençoe o nosso Moçambique.
Moçambique para Todos
Muito Obrigado.
Beira aos, 30 de Outubro de 2014
Daviz Mbepo Simango
Presidente

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