segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A verdade é que Bruxelas faz vista grossa quando lhe interessa.


13 h · 



Canal de Opinião
Sim, Moçambique dispensa observação eleitoral da União Europeia (‪#‎canalmoz‬)

E nesse sentido também dispensa observação eleitoral da União Africana e mesmo da maioria dos observadores eleitorais nacionais.
Isso de observação eleitoral, enquanto não for um factor de aprimoramento da democracia, não faz qualquer sentido.
Beira (Canalmoz) – Observar utilizando míopes e proponentes de democracia ou pleitos eleitorais de primeira categoria para a Europa “desenvolvida” e outro tipo de qualidade processual para países da periferia como Moçambique é simplesmente perigoso, pois, para além de desestabilizar politicamente, concorre para o descrédito acentuado dos órgãos eleitorais nacionais.
Quem observa deveria ser capaz de avaliar criticamente todo um processo e emitir declarações consentâneas com aquilo que foi efectivamente visto.
Observar não pode ser feito ao sabor de influências e de interesses ou instruções prévias ou “a posteriori”.
A partir da altura em que a EU definiu que observação eleitoral para países como Moçambique era uma questão de “apaziguar ânimos ou contornar a vontade do eleitorado”, garantir a manutenção de um “status” que permitisse a prossecução da agenda da União Europeia em determinado país, as eleições passaram a ser uma farsa. O vencedor tornou-se o derrotado e as irregularidades passaram a ter tratamento estatístico duvidoso.
No lugar de cooperar no sentido de assistir os participantes nos pleitos do ponto de vista técnico e informático, em matérias legislativas, em assuntos de segurança e logística eleitoral, a UE limita-se ao envio de observadores “condicionados” e muitas vezes em número insuficiente.
Não é tarefa da observação eleitoral declarar o vencedor ou derrotado, mas as suas declarações podem ser utilizadas para fundamentar algo lícito ou algo que contraria a verdade eleitoral.
Se a observação eleitoral ignora, por exemplo, que em Gaza não tem sido permitido a realização de campanhas eleitorais pela oposição, à partida está montada ou instalada uma situação que vai influir nos resultados. A conivência policial ao serviço do partido no poder concorreu, como se tem visto, para que Gaza seja uma autêntica zona autónoma em que o Governo provincial em colaboração estreita com a Frelimo violenta a oposição a seu bel-prazer sem que a PRM e Procuradoria-Geral da República actuem em protecção dos direitos políticos da oposição.
É facto conhecido e repetido que a Frelimo recorre a recursos públicos ilicitamente para financiar as suas campanhas políticas. O PR mistura de tal forma viagens de Estado e do seu partido em benefício deste que acaba não se sabendo quem paga as despesas. Quando se convoca reuniões do Governo alargadas a secretários provinciais do partido Frelimo, quem paga as despesas?
Para a Frelimo, a campanha eleitoral em 2014 foi antecipada ou misturada com viagens de Estado do PR. Ingenuamente ou de modo infantil, quase que não se fala do assunto em Moçambique.
Sem campo nivelado e regras uniformes de cumprimento obrigatório pelos candidatos e seus partidos não se pode ter eleições justas, livres e transparentes.
A União Europeia e a União Africana estão prestando um serviço de péssima qualidade aos países africanos de cada vez que há eleições supostamente democráticas.
Quénia, Zimbabwe, Angola, Moçambique são casos bem documentados de violação dos preceitos eleitorais de cariz democrático.
Um observador não é participante nem aliado dos candidatos como se tem visto a olho nu.
Quando se corre a congratular um candidato mesmo antes da homologação dos resultados eleitorais, como se viu o presidente de Portugal, fazer estamos em presença de interferência e ingerência nos assuntos internos moçambicanos. E Portugal, enquanto membro da EU, deu, desse modo, como que carta-branca para que a Missão de Observação Eleitoral afinasse pelo mesmo diapasão. Em Bruxelas, parece, pelo que tudo indica, que ainda reina o espírito de potência colonizadora ou ex-potência colonizadora. Assim, aquilo que Portugal entendeu que deveria ser o veredicto da MOE da UE acabou vingando.
Nesse sentido, e se é para que os pleitos sejam carimbados como limpos e aceitáveis, Moçambique não precisa da observação eleitoral da UE, UA e SADC.
Estas missões dispendiosas minam os alicerces da democracia moçambicana. 
O país não precisa de uma cooperação política que não traga benefícios para todo o país e que, na prática, se limita a garantir que os “aliados” se mantenham no poder, atropelando a vontade do povo manifesta através dos votos.
Não há pequena ou grande fraude, como a MOE quer dar a entender e fazer os moçambicanos aceitarem.
Aquilo que não é aceitável para o “civilizado” povo belga e de outros países europeus também não é aceitável em Moçambique e para os moçambicanos.
A duplicidade de critérios e a imposição de situações por via da pressão político-financeira tem a virtude de semear desgraças.
Olhemos para a RDC e vejamos qual é a génese do prolongado e crónico conflito político-militar naquele país. Jamais esqueçamos que partiram de Bruxelas as directrizes para muito do que acontece naquele martirizado país africano.
Não nos esqueçamos de que foi a vista grossa de França que catalisou o genocídio no Ruanda.
Não nos podemos manter calados, porque não é conveniente para as relações diplomáticas entre os países. Esquecer estes episódios vergonhosos e criminosos do passado vai permitir que surjam situações similares aqui em outros países de África.
Os integrantes da União Europeia devem entender definitivamente que somos humanos como eles e não cidadãos de “segunda classe” para quem a democracia é algo estranho e sem significado nem importância.
Queremos cooperação e não mascarada de cooperação. Sabemos que, com o actual quadro de relações, estão garantidas facilidades negociais na esfera económica e financeira, que não aconteceriam de outro modo. Só quem depositava muita confiança na MOE é que se surpreende com o seu relatório final.
Da próxima vez, podem muito bem não enviar observadores, porque o país e os moçambicanos passarão muito bem sem eles. (Noé Nhantumbo)
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  • Agostinho Jonas Pensador Angola tambem idem.... é a doença da corrupcao que tira a seriedade desses orgaos
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  • Eddy Marchal Sochangana Esses so poderão ns respeitar quando ns revoltar comtra a presença d qualquer k seja cidadão europeu no solo pátrio, expulsando-os pela segunda vez nesta tambem segunda era d colonização!
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  • Euclides Da Flora Nhantunbo a união europeia coopera politicamente com o partido FRELIMO não me espanta aquele insulto a democracia. um órgão que devia velar pela credibilidade anda a denegrir a sua imagem para não sair mal na fotografia.
    Gosto · Responder · 9 h
  • Jorge Uaquihapala In claris non fit interpretatio.
    Ver tradução
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  • Dede Salomao Quer dizer que a frelimo sempre rouba votos? kkk quando faz isso a renamo dorme nem? so acorda depois para dar discursos belicistas que atentam a ordem e tranquilidades publicas aos mocambicanos! Deixem Nyusi governar em paz e se ha insatisfacao ha varias formas de reivindicar,ex:greve legal,etc.Todos nos temos qie participar na governo de Nyusi atravez do dialogo e ideias,nao murmuros. Todos somos mocambicanos e temos que estar unidos independentimente da religiao,raca,partido que cada um de nos pertence.
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  • Bernardino Macome Antonio O mundo todo viu que estas eleicoes tiveram irregularidades sim, mas que nao influenciaram em nada nos resultados... Agora um despresivel grupinho com interesses satanicos e inconfessaveis dizem que o processo foi farca. k pena
    Gosto · Responder · 12 h
  • Por ordem do Governo local
    Polícia assassina garimpeiros em Manica (‪#‎canalmoz‬)

    Disparando balas reiais contra a população que protestava contra a usurpação de terra, a Polícia assassinou uma menina de oito anos que regressava da escola e estava vestida com uniforme escolar.
    Manica (Canalmoz) – O posto administrativo de Mavonde, no distrito de Manica, na província do mesmo nome, viveu momentos de tensão na passada sexta-feira, quando o Governo local quis expulsar das suas terras a população que pratica garimpo para o seu sustento, alegadamente para concessionar o terreno a um cidadão chinês. A região que contém o ouro e que é alvo de disputa entre o Governo e a população chama-se Burundi e fica a 30 quilómetros do município de Manica, no posto administrativo Mavonde, no rio Revuè.
    A população não aceitou entregar as suas terras ao Governo, que pretendia entregá-las ao chinês, e desencadeou uma manifestação jamais vista naquela região. Como sempre, o Governo não quis dialogar com os cidadãos e mandou chamar a Polícia, que começou a disparar indiscriminadamente contra a população. 
    Três pessoas morreram no local, assassinadas pela Polícia. Uma das pessoas que foi assassinada é uma criança de oito anos, que se perdeu no meio dos manifestantes, quando regressava da escola vestida com o seu uniforme escolar. Cinco pessoas sofreram ferimentos graves. A Polícia deteve 80 cidadãos.
    Para justificar os assassinatos, o porta-voz do comando provincial da PRM em Manica, Belmiro Mutandiua, fala “garimpeiros ilegais que criaram tumultos”. 
    Como forma de protesto, a população chegou a colocar barricadas na entrada e saída da vila de Manica. Parte dos manifestantes dirigiu-se ao comando policial para protestar contra aquilo que apelidaram de uso da Polícia para roubar as suas terras. Em consequência dos protestos, esteve encerrando temporariamente o trânsito na Estrada Nacional N6, que liga os países do interior da África Austral ao porto da Beira. (José Jeco)
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    Depois da denúncia do “Canalmoz”
    Serviço Nacional Penitenciário paga aos guardas o salário em atraso (‪#‎canalmoz‬)

    Maputo (Canamoz) – O “Canalmoz” reportou na semana passada a falta de pagamento de salários aos guardas do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP). Dois dias depois, o SERNAP procedeu ao pagamento do salário do mês de Janeiro, que estava em dívida aos guardas prisionais do 13º curso.
    Esta informação foi confirmada pelos próprios guardas que na semana passada haviam procurado o “Canalmoz” para a denúncia.
    Disseram que, depois de o seu curso encerrar, a 7 de Março de 2014, só começaram a receber em Setembro do mesmo ano, considerando o período demasiado longo, pois mesmo a Polícia da República de Moçambique, que chega a formar dois mil agentes, não leva muito tempo antes de começar a pagar.
    “No 13.º curso somos 380 e no 14.º são cerca de 700. Não se explica como se leva uma eternidade para processar mil pessoas”, disseram.

    14.º curso desesperado
    Os cerca de 700 guardas prisionais do 14.º curso, que encerrou no dia 14 de Novembro de 2014, ainda continuam desesperados. Já passaram quatro meses desde que regressaram dos treinos e ainda não receberam sequer um metical.
    Muitos deles, que são provenientes das zonas centro e norte e foram afectos na cidade de Maputo por força da “unidade nacional”, vivem nas cadeias Civil, Central e de Máxima Segurança. (Cláudio Saúte)
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    Canal de Opinião
    Sim, Moçambique dispensa observação eleitoral da União Europeia (‪#‎canalmoz‬)
    A verdade é que Bruxelas faz vista grossa quando lhe interessa.
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    Na cidade de Cuamba
    Cidadão português encontrado sem vida (‪#‎canalmoz‬)

    Maputo (Canalmoz) – Um cidadão de nacionalidade portuguesa foi encontrado sem vida na cidade de Cuamba, província de Niassa.
    A Polícia naquela província suspeita que o referido cidadão, cuja identidade não foi revelada, tenha morrido devido ao consumo excessivo de álcool e drogas.
    Segundo a PRM na província de Niassa, neste momento estão em curso os processos de identificação dos familiares e de apuramento das causas que o levaram à morte. (Raimundo Moiane)
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    Sofala
    Gafanhotos elegantes devastam produção agrícola em Sofala (‪#‎canalmoz‬)

    Beira (Canalmoz) – Três distritos da província de Sofala, nomeadamente, Caia, Marromeu e Chemba, estão neste momento a ser afectados pelas pragas de gafanhoto elegante (“zonocerus elegans”) e de lagarta invasora, que estão a destruir culturas alimentares nas machambas dos camponeses. 
    Segundo o chefe provincial das Actividades Económicas de Sofala, Edson Almeida, a praga já devastou mais de 15.000 hectares em três distritos da província de Sofala, deixando 17.000 famílias sem a primeira época agrária.
    “As pragas já contribuíram para a destruição de algumas áreas de produção e estão a afectar 17.500 famílias, que necessitam de ajuda adicional”, disse Edson de Almeida, numa avaliação da situação de emergência.
    No distrito de Caia, no Norte da província de Sofala, o mais flagelado, o gafanhoto elegante devorou um total de 9767 hectares de milho; segue-se Marromeu, com 1939 hectares.
    Edson de Almeida informou que a praga está a ser controlada, antes de provocar mais estragos, e fez uma actualização sobre a situação das chuvas. Na sequência das chuvas, que nestes dias tiveram um pequeno interregno, pelo menos 600.000 hectares de culturas diversas foram inundados nos mesmos distritos. Calcula-se que mais de 22.700 toneladas de culturas diversas estejam perdidas.
    Edson de Almeida diz que o Governo distribuíu mais de 20.000 toneladas de sementes diversas para as famílias que perderam a primeira sementeira.
    Algumas famílias receberam milho, batata-doce e mapira, que são resistentes à seca. (José Jeco)

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