segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Teodato Hunguana foi mal interpretado

Pondo os pontos nos ís (XIV-B)
-----------------------------------------------------
Teodato Hunguana foi mal interpretado
-----------------------------------------------------
Afinal o Teodato Hunguana (TH) nem disse o que dizem que ele disse. Interpretaram-lhe mal, e creio que deliberadamente, para manipular a opinião. E quem o fez são pessoas que têm simpatias pela oposição. Ter oposição é bom, mas uma oposição que sempre procura manipular a opinião pública é vil e não deve merecer a confiança dos cidadãos como alternativa para governar Moçambique. Quem gosta de manipular é igualmente facilmente manipulável. Se chegar ao poder, pode facilmente hipotecar as nossas conquistas, das quais a mais importante é a nossa nacionalidade. Sejamos vigilantes!
Manuel J. P. Sumbana, a recente entrevista que o TH concedeu à STV não tem «tufa» contra a Frelimo ou sua liderança, tem sim uma crítica—até construtiva—àqueles que querem banalizar a Assembleia da República (AR), impondo, sob ameaças, que este órgão de soberania se prepare para aprovar uma proposta de lei que não respeita a história do processo de autarcização e de consolidação da democracia no nosso país. É o que eu disse: o Gilles Cistac foi deliberadamente desonesto e irresponsável, quando apareceu na esfera pública a interpretar tendenciosamente uma disposição constitucional cuja história ele não conhece ou preferiu ignorar. Agora está ai! Ao contrário do que se diz nos espaços da opisição, TH não apoiou os pronunciamentos do Gilles Cistac. Criticou.
Marcelo Mosse, o teu resumo da entrevista concedida por TH à STV em cinco (5) pontos está parcialmente viciado.
Para todos os meus amigos e visitantes, reitero o meu desacordo com o argumento de que a soberania do Presidente da República (PR) só pode ser garantida se ele for também presidente do partido que lhe fez ser eleito para o cargo. Este argumento já não procede nem com suporte na tradição nem na lei, uma vez que também já há história de sucesso de separação de poderes do Estado e do partido no poder nos níveis inferiores de organização territorial, e a Constituição da República de Moçambique (CRM) interdita o desempenho pelo PR de quaisquer outras funções não expressamente indicadas por lei [Artigo 149, CRM]. E também não concordo que a Frelimo devia esperar ter conhecimento do conteúdo da proposta da Renamo antes de ir ao campo fazer o seu trabalho político. Aliás, o conteúdo da tal proposta já é previsível: a Renamo pretende a criação de autarquias de escalão territorial de nível provincial; e quer isto agora porque perdeu as eleições, o que é politicamente desonesto e, por isso, inaceitável. Para dizer isto ao eleitorado, não é preciso conhecer no detalhe a tal proposta da Renamo. Em poítica isto é absolutamente aceitável. Aliás, a própria Renamo já está no terreno há mais tempo, fazendo o seu trabalho política a favor de tal proposta ainda em elaboração. Não se compreende, pois, por que a Frelimo tinha que esperar por tal proposta para também fazer o seu trabalho. Exigir isso é favorecer indevidamente a Renamo. De facto, o que a Frelimo está a fazer até tem cobertura legal [vede alíneas e), f), g) e h) do Artigo 3 da Lei no. 7/91, de 23 de Janeiro]. Já a Renamo viola estas disposições por usar um discurso carregado da ameaça de tornar o país ingovernável, caso a sua pretensão não seja aceite pela maioria dos representantes do povo na Assembleia da República. Isto não só é ilegal, como também é desonesto, pois visa impor a vontade da Renamo ao eleitorado, recorrendo à intimidação.
Enfim, temos que continuar sem vacilar com o processo de despartidarização efectiva do aparelho do Estado, para assegurarmos a consolidação e profissionalização das instituições do Estado. Só quando a despartidarização do aparelho do Estado estiver efectivada é que será óptimo criar autarquias de nível territorial superior ao das cidades. Antes disso, corre-se o risco de fazer recuar o processo de consolidação e profissionalização das instituições do Estado de Direito Democrático que estamos a edificar. Assim compreende-se que a Frelimo é, de facto, a força da mudança.
Abaixo o medo da mudança!
Gosto ·  · 
  • Juvenal Chinde e 2 outras pessoas gostam disto.
  • 8 h · Gosto · 2
  • Nelsoncarlos Tamele Kkkk... Reveja a entrevista... Alguem pode facilitar ai?
    8 h · Gosto · 1
  • José de Matos TUFA !

    https://www.youtube.com/watch?v=inD5I70K0fI#t=166
    Teodato Hunguana não concorda que as brigadas da Frelimo, antes de se conhecer o seu conteudo, digam...
    YOUTUBE.COM
    8 h · Gosto · 1
  • Manuel J. P. Sumbana Cumbane, ainda náo desististe de tentar dar-me aulas de interpretaçâo? Ouviste dizer que sou mentalmente retardado? Porque é que náo procuras os teus alunos para discutir com eles? Pareces um pentelho encravado. Puxa!
    8 h · Gosto · 10
  • Homer Wolf Tapando o sol com a peneira... eh eh eh
    7 h · Gosto · 2
  • Thaulany Farias Mapsanganhe Julião João Cumbane é um daqueles que a Bíblia diz: "tem olhos, mas não vê; tem ouvidos, mas não ouve".
    7 h · Gosto · 3
  • Mouzinho Zacarias É difícil trocar ideias com Julião João Cumbane.só ele que sabe mais que os outros.cumbane é hostil a renamo.cumbane parece dos tempos dos grupos dinamizadores,parou no tempo.
    7 h · Editado · Gosto · 3
  • Jorge Fernandes Julião João Cumbane nega-se a ser imparcial, a ser analista. É da Frelimo, apenas aceita como luz única o que daí emana. Fará tudo, dará todas as voltas para arranjar explicações impossíveis. Parece-me, portanto, que é o oposto de um intelectual.
    6 h · Gosto · 1
  • Joaquina Cossa helelele ta mal isso
    6 h · Gosto
  • Julião João Cumbane José de MatosNelsoncarlos TameleManuel J. P. SumbanaHomer WolfThaulany Farias MapsanganheMouzinho Zacarias,Jorge Fernandes, lamento que tenhais aportado aqui de forma inútil. Reparai só que os vossos comentários não indicam se quer que tanhais percebido o conteúdo do texto principal desta 'postagem' (e da outra também). A inteção que tendes é clara. matar o debate ainda embrião. A falta de cultura de interacção construtiva com um adversário (alguém que tenha opinião diferente da vossa), que vos caracteriza sobremaneira, é dos grandes problemas com que a mãe África se vem debatendo: a pobreza intelectual (...). Estou triste, porque não posso dizer que o problema não da minha conta. Vós deveis saber que os erros de um concidadão envergonham a todos nós. Parai de insultar ou ridicularizar quem não pensa como vós gostaríeis.
    6 h · Gosto · 3
  • Mauro Jesus Julião João Cumbane percebeste algo na entrevista ou te seguraste no negativismo. Grandes pontos foram debatidos. Por exemplo: faz algum sentido o facto dos membros seniores do partido andarem o propalar que não haverá regiões autónomas numa altura em ...Ver mais
    2 h · Gosto · 1
  • Geraldo Mandlate Juliao pegou a parte que lhe interessou, que é a unificacao do estado e o partido por que é assim na historia da frelimo. E A SEPARACO DO ESTADO E O PARTIDO COMO FICA? O ESTADO DO DIREITO COMO FICA? Ha muita coisa da HISTORIA do partido que esta a ficar ultrapassado. Dr. Hunguana nesse ponta esta equivocado.
    1 h · Gosto
  • Benjamim Muaprato Precisa ter "dicionario" pra perceber o que o camarada Teodato disse nas suas ultimas duas abordagens na STV? A linguagen foi clara, simples e acessivel. Nao precisamos de interpretacao meu caro Juliao Joao Cumbane
    1 h · Gosto · 1
  • Gilder Anibal Nos sistemas FEUDAL e o FARAONICO existiam pessoas que tentavam tapar o sol com as maos. COMO ALGUNS COMENTADORES obsoletos que polulam nas nossas TVs [...].
    Voltando a vaca fria. Os tais sistemas cairam.


    Eu acho que, se A IDEOLOGIA DE PARTIDAO, e' dizer que o SOL e' VERDE [...], e dai ganhar o que almejar ganhar.

    E' tempo de se abandonar este principio. PORQUE VALE dizer a namorada que voce esta feia que granjea-la do que nao tem!

    E os colaboradores directos do partidao, deviam por a mao nao consciencia para travar a queda livre do partidao que e' iminente, ate aos olhos de crianca, DANDO OPINIOES CONSTRUTIVAS E NAO DE DEMOSTRACAO DE MAO DURA ou IDEOLOGIA que actuamente esta tornado-se IMPOPULAR e alinhar com os desejos dos que anseiam MUDANCAS! 

    Os intrumentos de resistencia, nao conquistam as namoradas [o povo]. 

    E' tempo, de namorar serio com estas namoradas dandos rosas, etc! E purificar as fileiras retirando os colaboradores inuteis, ou os que estao no partidao apenas para serem alavancados com seus marketing pessoais mal ensaidos [...]!
    1 h · Editado · Gosto · 1
  • Chande Puna Tal como o Ex ministro Muthisse, o Teodato foi mal interpretado???? Afinal tambem queria dizer o que? Não nos tentem atirar areia aos olhos lavando uma entrevista que até a minha filha de 8 anos percebeu o que ele dizia.
    22 min · Gosto · 3
  • Nem Moçambique nem o Partido Frelimo voltarão a ficar na mesma depois desta entrevista de Teodato Hunguana.
    Gosto ·  · 
    • Madina Issufo Eu estou no meu quarto a ler.
      9 h · Gosto · 1
    • Manuel J. P. Sumbana Eh eh eh. Acho que nem tu voltarás a ser a mesma, Madina...
      9 h · Gosto
    • Abdul Magide Sidi Hassam A Frelimo se vai adequando ao momento histórico...Mudanças radicais?,Tudo depende da substituição dos seus militantes e por aqui vai levar gerações...se bem que já mudou muito,com alguns mesmos actores.
      9 h · Gosto · 2
    • Jeremias Luis Chauque Fredy Halliday, escrevendo sobre os terriveis acontecimentos de 11 de setembro de 2001 disse e cito: "o grande erro da humanidade eh pensar que depois de um grande evento uns pensarao que o mundo mudou para sempre, enquanto que outros dirao que nada mudou. Na verdade os eventos, sejam eles grande ou pequenos, podem provocar ou nao grandes mudancas. It will depend on how the majority perceve and is willing to change". So estou a citar.
      9 h · Editado · Gosto · 1
    • Andre Dimas foram 10anos de derrotas retumbantes na luta contra pobreza...isto cansa algumas mentes brilhantes no glorioso.
      9 h · Gosto · 3
    • Manuel J. P. Sumbana Ele tocou em muitos aspectos relacionados com o 'adormecido' Estado de Direito, Kawaria. É um wake-up call para todos, dentro e fora da Frelimo, Jeremias. The time of taboos is ending.
      9 h · Gosto · 4
    • Antonio A. S. Kawaria Eu estou lhe a escutar pela segunda vez Manuel J. P. Sumbana. Se esses do G40 não fossem teimosos teriam se calado, mas como o patrão deles agora é a Comissão Política, sonham ainda que vão ter vida.
      9 h · Gosto · 3
    • Jeremias Luis Chauque It might be the case, but if we dwell into the history we will possibly remember that after the end of the first world war the world was willing to do its best to avoid simililar wars in future. Less than 20 years after that the world was waged, again, by the war, more destructive than previous one.
      9 h · Gosto
    • Manuel J. P. Sumbana That was change, anyway, Jerry. Eu nâo disse que tipo de mudança. Qualquer mudança significativa na Frelimo mexe com tudo.
      8 h · Gosto · 2
    • Jeremias Luis Chauque Por esse angulo, yes.
      8 h · Gosto · 2
    • Antonio Aljofre Uma entrevista bastante esclarecedora que apela ao debate de ideias ao contrário da velha e intransigente forma de fazer política. Teodato interpretou muito bem o estado actual das coisas. Grande senhor!
      8 h · Gosto · 6
    • Laximidas Jamine Manuel J. P. Sumbana ist so ........não pretendo isso para Moz. Mas a razão clama por si  Olha que nem sou partidária
      8 h · Gosto · 4
    • Jr Chauque Gostei de ver a sua foto Laximidas Jamine
      8 h · Gosto
    • Laximidas Jamine Jr Chaúque, obrigada. Foi apenas uma ilustração do que a Política faz em todos os aspectos. Tudo resume-se em Política. Estou farta
      8 h · Gosto · 1
    • Kasch Nhanala desculpa me intrometer mesmo vivendo longe do pais e o meu portugues nao ser um dos melhores,eu penso que a frelimo neste momento de democracia devia pensar em mudar o nome partidario pois ja estamos na democracia e o nome Frente de libertacao de mocambique ja esta ultrapacado como mocambique desde 1975 é independente e ja nao precisa de uma frente de libertacao.minha opiniao..boa noite.
      8 h · Gosto · 2
    • Gracio Abdula Critico veementemente as novas gerações por baixarem a crista quando os velhos lhes dizem que nada sabem...critico-os por cruzarem os braços a espera de Teodatos ou Marcelos para lhes abrirem os olhos! Os tempos mudaram! Em 1977 a minha geração foi carregada ao colo mas ao mesmo tempo foi lançada a arena dos leões e sobrevivemos!
      Lutem vocês contra os lambe-botas! Eles são incompetentes logo faceis de combater. Eles lutam desesperadamente para agradar quem lhes possam oferecer um lugar de ascensão meteórica no acesso aos esquemas de enriquecimento ilícito. É por isso que eles nao têm princípios morais nem éticos! Para eles vale tudo desde que o fim seja: enriquecer muito depressa! Querem exemplos? Investiguem vocês e exerçam o vosso direito a indignaçao! Vamos lutar pela honra e dignidade! Juro que é uma sensaçao tipo...estou no Paraíso!!!
      8 h · Editado · Gosto · 7
    • Linette Olofsson verdade!
      8 h · Gosto
    • Victor Joaquim Pois é meu caro Grácio somos políticos todos. Não sãos "eles" os políticos, os políticos somos nós. Só nos falta o mais simples, que é não o não termos medo de ser o que somos. Falta traduzir a revolução para esse tempo e traduzi-la em gestos claros, a apontar para frente. De uma maneira ou de outra, ou de várias. Dentro dos partidos existentes - desmontando aparelhismos, caciquismos, interessismos, carreirismos - ou formando novos partidos - a partir de ideias sólidas, de consistentes visões da sociedade, e não só de boas intenções ou voluntarismos pessoais. E pensando-agindo politicamente também a um nível de proximidade, na busca de soluções concretas para a nossa rua, para o nosso bairro, para a nossa cidade. E igualmente a um outro nivel, mais vasto..
      4 h · Gosto
    • Júlio Mutisse Eu acho que disse um pouco antes das eleições: haverá um antes e um depois de 15 de Outubro, as coisas iam mudar... poucos me tomaram a sério. Ou vamos dar, definitivamente, u. Salto, ou vamos quebrar
      1 h · Gosto · 1
    • Manuel Vulula Amigo Kasch Nanhala, respeito muito sua ideia, porém, tenho uma ideia diferente sobre a mudança ou não do nome do partido frelimo. Não vejo a obrigatoriedade do partido mudar de nome, pois, seriam (a frelimo e outros partidos) obrigados a mudar constantemente em função do contexto e da dinâmica sócio-política que o país estiver a atravessar. A mudança que se deve efetuar é na maneira de fazer política, com vista a adequar-se a realidade atual.
    • Mário Xavier Estou plenamente de acordo contigo, Manuel J. P. Sumbana. Ha dinamicas que por muito queiramos sao impossiveis de parar. Teodato Hunguana, foi semprre pragamatico desde o tempo de Samora. E sabe intervir nos timmings certos. A entrevista de ontem nao poderia ter ocorrido em melhor altura. Foi a charneira para travar o impeto agressivo com que, incapaz de contra-argumentar com sucesso as questoes estruturantes do actual debate nacional despoletadas pela crise politica pos-eleitoral, determinadas pessoas ja estavam a atacar os nossos irmaos de sangue, com recurso no mais vil dos recursos dos fracos e cobardes: racismo, nacionalidade. Vale lembrar, se quisermos falar do Prof. Dr. Carlos Nuno Castelo Branco, que ele foi "madjedje". A familia Couto, Fernandos Velosos, Cardosos, Joao Ferreira dos Santos, etc., sao muito mais moçambicanos do que a maioria desses xenofobos que nao se importam de hipotecar o pais a troco de nada. Teodato Hunguana nao e branco, entretanto todo o seu discurso nas duas grandes intervençoes que fez este ano no rescaldo da tensao pos-eleitoral, afinam pelo mesmo diapasao da dos chamados brancos. Rejeitou a tese da perda do mandato dos deputados da Renamo avançado no dia 3 de Fevereiro do corrente em plenos festejos do dia dos nossos herois, e ontem, de forma arrebatadora, parafraseando Manuel J. P. Sumbana, deu o "tufa" a CC. Disse e eu ouvi, que o debate sobre a autonomia regional deve acontecer!!! Viva a Democracia!!!
      4 min · Gosto

Sem comentários: