quinta-feira, 29 de outubro de 2015

América Latina e Caribe lutam pela agricultura familiar e contra a fome

Agricultura familiar


© Paulo Filgueiras/ GERJ
SOCIEDADE
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Geórgia Cristhine
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Representantes de 14 países da América Latina e do Caribe estão reunidos em Brasília até esta quinta-feira (29) no 1.º Diálogo Regional sobre Oportunidades e Desafios de Colaboração entre a Agricultura Familiar e os Sistemas Públicos de Abastecimento de Alimentos.

O encontro é coordenado pela FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e discute principalmente um projeto internacional de fortalecimento dos sistemas públicos de abastecimento de alimentos para erradicar a fome na América Latina e no Caribe. Os investimentos são da ordem de R$ 1,5 milhão.
De acordo com o presidente em exercício da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, Lineu Olímpio de Souza, o encontro visa a buscar a troca de experiências para formatar uma política que possa amenizar e expandir a produção no mundo e principalmente no Brasil.
“Essa troca de informações, essa experiência tem a condição de proporcionar uma melhoria muito grande na execução dos programas de busca, de erradicar de vez a fome no mundo”, comenta Lineu de Souza. “Nós temos uma cadeia produtiva, que o Brasil tem respondido de uma maneira muito significativa nessa produção. Ano a ano nós temos conseguido alcançar recordes na produção, mas também há um elemento levantado por vários órgãos e principalmente pela FAO, onde detectamos grande desperdício, uma grande perda da produção nacional e mundial. Esse encontro tem como buscar essas alternativas dentro da experiência de cada país, buscar esse entendimento, uma política pública que entenda e faça o encaminhamento a cada dia do melhor uso das tecnologias. A melhor aplicação na infraestrutura, um melhor aproveitamento na comercialização e consequentemente a formação de uma cultura diferenciada no consumo de um modo geral.”
Segundo a Conab, a ideia é promover um diálogo que permita se chegar a interesses em comum, derrubando a burocracia, para que os países estabeleçam acordos de negócios que permitam aproveitar o potencial das cooperativas e associações de produtores no abastecimento agroalimentar por meio das empresas e mecanismos públicos de abastecimento.
Para o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, o encontro é uma oportunidade de fortalecer o processo de integração latino-americano, em termos comerciais, com o objetivo de facilitar a compra e assegurar a segurança alimentar e nutricional de pessoas vulneráveis.
“É fundamental esse evento para fortalecer o processo de integração latino-americano em termos comerciais para a agricultura familiar, para facilitar a compra de alimentos para a agricultura familiar, visando à segurança alimentar dos grupos vulneráveis”, diz Bojanic. “Vamos ver que oportunidades são encontradas entre os sistemas públicos de compras de alimentos, que oportunidades podemos ver para uma troca de informação sobre os serviços que cada um dos sistemas tem, porque há diferentes níveis de maturação.”
Segundo Alan Bojanic, a ideia é replicar o modelo adotado pela Conab para os outros países da América Latina e Caribe:
“A Conab já é uma instituição consolidada, mas temos outros sistemas que ainda estão se formando, como o do Equador, o da Bolívia, que ainda são sistemas novos, que vão precisar muito dos serviços e do tipo de tecnologia que já tem sido desenvolvida aqui no Brasil. Essa troca de informações em um sistema único latino-americano – esse evento pode dar pé para finalmente poder atingir o grande objetivo que é a integração comercial agrícola, e principalmente da agricultura familiar.”
Além do Brasil, participaram do evento Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Nicarágua, Panamá, São Vicente e Granadinas, Uruguai e Venezuela.


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