De reconhecida capacidade técnica, o engenheiro recrutado à Ethiopian por Marlene Manave em 2015 foi substituído na administração, sem aviso prévio, por um técnico (Carlos Sitoe) apontado internamente como menos qualificado e colocado num escritório junto das oficinas.
João Pó Jorge teve passagens pela Boeing (representante para África, colocado em Harare, Zimbabué), pela fabricante de motores Pratt & Whitney, antes de integrar a manutenção da Ethiopian Airlines, considerada a maior empresa aérea africana.
Nas LAM, João Pó Jorge iniciou todo um processo de reorganização da área de manutenção, incluindo a delicada esfera de reposição e stock de sobressalentes, com melhorias operacionais, em particular no voo mais rentável da transportadora aérea de bandeira moçambicana (Maputo-Joanesburgo-Maputo).
O seu afastamento é atribuído a orientações suas no sentido do cancelamento de compras para a área de manutenção, nomeadamente na reposição de stocks críticos, que geravam “comissões” para responsáveis da empresa. É considerado disso demonstrativo o incidente deste ano em Tete, em que o “radome” (“nariz”) de um Boeing 737 da LAM se desintegrou.
Diligências posteriores levaram à conclusão de que o mesmo havia sido adquirido em segunda mão.
A substituição de João Pó Jorge por Carlos Sitoe foi recebida com elevada estranheza por muitos colaboradores da LAM e tem, até hoje, gerado comentários jocosos nos corredores da companhia.
CM – 18.04.2017
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