quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Negócios de “guerra” com Paz no horizonte?


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do lado da evidência
Como quase que habitual e em nome de uma alegada transparência, acabamos de tomar conta de que, o Ministério da Defesa Na­cional, numa operação de “ajuste directo” acaba de encomendar centenas de milhares de pares de botas ao preço de 23,1 milhões de meticais....
No mesmo pacote ajusta­do directamente está uma outra encomenda de 5.500 colchões, orçados em mais de 45 milhões de meticais, onde se incluem 2500 kits de ração de combate que ronda na casa de cerca de 5.4 milhões de meticais....
Em suma, um “ajuste di­recto” de contornos milio­nários que leva os menos incautos a desconfiarem que o discurso do mais alto magistrado da nação sobre a PAZ, seja apenas uma falá­cia. Não se está a dizer aqui que o exército não merece estar devidamente calçado, que durma com dignidade e tenha boa ração de comba­te!!!
O que parece ser contrassen­so é o facto deste ministério, pela voz do seu actual timo­neiro, ter dito há dias que aquela instituição fulcral para a defesa da soberania, não ter recebido ou encon­trado uns 500 milhões de dólares norte-americanos que alegadamente teriam ido lá parar na ´bolada´ que deixou o país de tangas.
E essas encomendas sur­gem numa altura em o Pre­sidente da República, Fili­pe Nyusi, está envolto de hosanas devido a sua “visi­ta” ao “seu irmão” Afonso Dhlakama, decorrida este último domingo, algures no sopé da Serra da Gorongo­sa.
Em anterior ocasião, em ou­tro contexto e revestido em outras vestes e posições do poder, Filipe Nyusi, esteve naquele serra em “visita” a um desconfiado Afonso Dhlakama, que se bateu em retirada.
Há quem justifique que aquela “visita” fora realiza­da no âmbito da testagem do armamento que fora adquirido no maior dos se­gredos, em nosso nome co­lectivo, mas que por razões que o diabo desconhece o general Atanásio Mtumuke, que não é gago, diz não es­tar no ministério sob sua alçada.
E, Mtumuke, como dissemos semana passada, é um res­peitável general que se ba­teu nas matas pela autode­terminação de Moçambique, como pátria e nação!
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofen­de: Negócios de “Guerra” com Paz no Horizonte ?
luís nhachote
CM – 10.08.2017

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