domingo, 10 de setembro de 2017

O Significado dos Nomes e a Inconsistência do Zelo Burocrático


“Não fica bem os pais darem o nome de Nyimpine à uma criança, porque os nomes devem significar felicidade e esse nome pode persegui-la até ao fim da sua vida.” Mais palavra, menos palavra, diz a eloquente conservadora (!) de uma das Conservatórias do Registo Civil da capital do país.
E parece que os burocratas estão mesmo a levar esta máxima a sério. Sei de uma pessoa que depois de tentativas para conceber, finalmente deu o nome ao seu filho – Kensane – que nas línguas Tsonga do Sul de Moçambique significa “agradeçam”. Os funcionários dos Registo e Notariado não se comoveram com o histórico do nome: “Já não aceitamos esse tipo de nome” – disseram os burocratas do Registo Civil e a mãe do recém-nascido teve que se contentar com outro nome, aparentemente mais aceitável à política estatal vigente.
Sei que para os serviços de Registo Civil a questão dos nomes tem sido candente nos últimos tempos, supostamente para “poupar” as crianças e seus progenitores e protectores de efeitos nefastos, como assédio nas escolas e na sociedade, problemas espirituais e outras curiosidades que não vale aqui enumerar. E não é por menos. Há o legado dos nomes jocosos do período colonial (como sapato, colher, garfo e outros objetos), contra os quais a escritora moçambicana Paulina Chiziane se rebela, e há também a veia criativa das pessoas, que não tem limite e cria situações constrangedoras. Também estou ciente dos limites legais na atribuição de nomes oficiais, que considero algo compreensível. Mas também existe a prerrogativa legal de se alterar os nomes, tanto pelos progenitores ou pelas próprias pessoas a quem os nomes foram atribuídos, estes atingindo a maioridade. E a garantia legal dessa possibilidade de mudança dos nomes, no meu entender, é o que devia ser a esfera de acção estatal, combinada com a função didáctica de questionar sobre os significados, quando dúbios e aconselhar, quando se aplica. Os limites do direito de atribuir nomes aos filhos e filhas devem ser devidamente ponderados e não deixados à suposta boa vontade, arbítrio e humores dos funcionários que fazem o registo civil. Os nomes também são a expressão da realidade pessoal, familiar e cultural das pessoas e não podem apenas ser reduzidos ao normativismo uniformizador do Estado e do regulador iluminado que fixa os limites sem uma reflexão mais ampla sobre o assunto, muitas vezes interpretado pelos burocratas do “front desk” estatal, ou do “nível de rua” (como alguém já os chamou), de forma discricionária, acrítica e inocente (?) e algumas vezes contraditória às políticas que o mesmo Estado defende.
Como, por exemplo, conciliar a política de promoção das línguas nacionais e as restrições à atribuição de nomes com significados derivados dessas línguas? Será que a interpretação dos significados dos nomes é profunda ou apenas é ao sabor do limitado conhecimento do burocrata de rua que faz o registo de nascimento? Por exemplo, já se questionaram sobre alguns dos significados (repise-se isso, porque os significados podem variar) dos nomes comuns e facilmente aceites? Consultei rapidamente na internet e descobri alguns significados interessantes de nomes populares como Cecília/o (do nome romano Caecilius, derivado do original caecus, cego em latim), Cláudio (vem do latim claudus, coxo), Emília (vem de Aemilila, rival em latim), Maria (alguns alegados significados são “rebelião” e “mar de amargura”, em hebraico). A lista é provavelmente extensa. O facto de não se conhecer os significados destes nomes os torna aceitáveis com base nos critérios que o Estado supostamente definiu, mas não resolve o problema do zelo estatal em evitar que as pessoas a que são atribuídos os nomes com conotações negativas não sofram consequências nefastas no futuro. Aí está a inconsistência e a ineficácia da pretensão estatal de querer regular tudo e alguma coisa, mas que no fim apenas deixa esse poder ao arbítrio de burocratas que muitas vezes não têm o conhecimento necessário (e nem se deve esperar que tenham tamanha cultura, digna de conhecimento enciclopédico) para aplicar a lei ou a política conforme a sua intencionalidade original.
O Estado tem que ter limites na sua atividade normativa e principalmente quando a implementação do seu poder regulatório é feita por uma burocracia ainda profissional e culturalmente despreparada, num país e numa nação em construção, em que aspectos de identidade ainda estão mal resolvidos. Tivemos o ímpeto inicial de proibir o uso de línguas nacionais (a favor do português como língua oficial unificadora) nas escolas no período posterior à independência e agora abraçamos o ensino bilíngue e a valorização das línguas nacionais. A língua é um elemento forte de construção de identidade e não se esgota apenas na sua dimensão de comunicação, também influencia na forma como as pessoas pensam e (re)constroem e interpretam a realidade à sua volta, inclusive a pessoal. Há que se reflectir sobre o que se pretende com essas restrições na atribuição de nomes e se estar atento como é que essa política é interpretada desde o âmbito cimeiro da política até ao burocrata de rua que vai tomar a decisão micro que afecta as pessoas e que tem o efeito mais visível da acção estatal sobre a sociedade.
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58 comentários
Comentários
Marques Abdala SERIO DR?
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27/8 às 13:59
Gerir
Fatima Cordeiro Existe uma dissertação feita sobre o assunto muito recentemente por um Padre angolano, no Iscte-iul. Irei procurar porque acho interessante a defesa dele em que devia existir uma base de dados a ser actualizada pelos nossos linguistas e que permitam que esses nomes sejam harmonizados e usados sim.
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27/8 às 14:03
Gerir
Josué Tambara Jabez porque deu luz com dor. E Jabez foi lúcido e orou a Deus para que seu nome possa ser uma benção.
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As línguas Africanas et al perante Inglês daqui a 200 Anos
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27/8 às 14:07Editado
Gerir
Zacks Caetano Ser governado por analfabetos da nisso..
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27/8 às 14:04
Gerir
Alexandre Vaz Chana proactividade.
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27/8 às 14:11
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27/8 às 14:09
Gerir
Carlos Jonaasse Excelente reflexao!Na minha familia convivemos com essa confusao:La para a decada 80, meu pai decidiu atribuir o nome de MISERIA a uma das suas filhas,la foi ao registo de onde apanhou um NAO ao nome ou melhor deram o antonimo!FELICIDADE!Nos dias que correm a minha irma Miseria(seu nome trivial) Felicidade( nome oficial) debate-se com esse"dilema" do nome!!...
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27/8 às 14:12
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Josué Tambara Dores Izidro estás a ouvir? Mudar de nome é urgente.
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27/8 às 14:14
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Celso Eduardo Há aqui um contraditório dos nossos governantes ao permitir que se crie condições para o ensino bilingue como forma de promoção cultural e por outro lado negar que haja registo dos nomes em nossas línguas. O mais caricato realmente é que o mesmo nome que se nega numa repartição de registo aceita se noutro.
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27/8 às 14:16Editado
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José Jaime Macuane Celso Eduardo, o problema me parece ser de como a lei ou a política é interpretada a todos os níveis. Não me parece que haja proibição de usos de nomes em nossas línguas, mas o probema está na forma como isto está legislado e regulado e como a Administração Pública interpreta isso e aplica.
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27/8 às 14:27Editado
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Celso Eduardo Pois é Professor, infelizmente temos muito disso na nossa A.P as leis e as normas estão lá, mas a interpretação deixa a desejar.
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27/8 às 14:34
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Pátria Amada O que a lei processual de registo civil proíbe é que não se deve atribuir nomes que possam colocar em causa o superior interesse da criança na componente moral, como nomes que se traduzem ou se confundem em fantasia, dores, infelicidades, imoralidades enfim, tudo o que é inadmissível, por assim dizer, à moral colectiva ou individual. Daí que se a pessoa que vai declarar o registo de nascimento o fizer em línguas nacionais, o conservador ou o funcionário do registo civil deve averiguar o significado do nome a nível local, se possível em várias províncias para evitar possível choques, como por exemplo a expressão NYINI cá no sul, concretamente em Inhambane onde eu vivi, não tem significado pejorativo o termo que significa mãe. Já na minha terra, Beira, ou Sofala em geral, principalmente na língua Chi Sena, o termo é ALTAMENTE ofensivo, agride a moral pública, significa vagina ou clitóris, algo semelhante pois há confusão em termos linguísticos locais sobre o termo particular para cada órgão.
Nesse sentido, para melhor suavizar a situação, o registo civil devia há muito tempo ser informatizado pra efeitos de facilitar o trabalho dos conservadores ou funcionários de registo civil. Nesses dados informáticos constariam nomes comuns de cada região e seus significados, os nomes em português com significado de animais, tragédias, deviam ser eliminados na hora e numa boa.
Mas porque este tipo de registo não mete dinheiro ao Estado como o Registo Comercial ou, melhor, das Entidades Legais, correram em informatizar este. Quer dizer que o aspecto cultural e direitos fundamentais não são relevantes quanto às finanças para corrupção pois esse dinheiro cai mais na bolsa da corrupção do que o emprego para fins públicos, senão não estaríamos numa situação tão catastrófica como a actual.
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27/8 às 18:49Editado
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Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Ja imaginou uma Nyini nomeada governadora de Tete? Para mim, vejo que cada familia atribui o nome ao filho(a) em funcao da memoria (avo, sofrimento, um amigo, dia que nasceu, etc). O governo devia Liberalizar os nomes. Veja que assiste 2 casos meio estranhos numa conservatoria e conscidencia ou nao, foi em 2014 e aquela familia vinha de Barue por que a aldeia foi incendiada pela FIR. No registo diz que o nome do filho é Dhlakama. De imediato a funcionaria diz "ja que quer nomes pesados para seu filho, em vez de Dhlakama, fica Guebuza. Os nomes tem um significado que represente na familia. Valorizemos.
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27/8 às 21:38
Gerir
Josué Tambara Nhamaiamphutsi - nome de alguém. Nhama = carne. Mphutsi =bichos
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27/8 às 14:16
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Celso Monjane Que alguns dos nossos burocratas do "street level" têm algo de cómico, haaa lá isso tem. Mas essa dos nomes é pra mim um dos mais mistificadores contra-sensos.
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27/8 às 14:20
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Alvaro Mujui Professor obrigado por abordar um tema pouco debatido no nosso país pessolamente ja refleti sério sobre isso...fui ao notario para registar meu filho e a funcionaria perguntou como era o nome escolhido eu disse " Mase" ela falou um monte de coisas desde a pronuncia ao bullying, a confusão do genero, ouvi atentamente o speech no final perguntei a senhora de quem era o filho ...e lhe entreguei o papelinho com o nome escrito (como deve ser escrito)... E fiquei a pensar quantos progenitores tem os nomes dos filhos atribuidos por um estranho....mas contentei-me por ter resolvido apenas o meu assunto ...assim que vi o post voltou-me a memória de que este é um assunto sério....
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27/8 às 14:22Editado
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Ussene Paulino Ussene Fica a seguinte ilacao.
Nao se pode viver e reverenciar a sua cultura e espiritualidade na lingua dos outros.
Os Drs. ''front desk'' infelizmente nao se dao tempo de investigar, ler e buscar um pouco de forma particular pra que possam saber entender o nacional que busca manifestar e reverenciar a sua identidade cultural colocando nome e apelido tipicamente africano mais especificamente Ndau, Ronga, Sena, Nyanja entre outros aos seus....

Lhes agrada registar em seus livros, nomes Como : Kelvin, Wesley, Shantel...etc.
Ignorando a maxima de que nem sempre oqe agrada é bom ou correcto.

Deixem nos dar nomes nossos aos nossos, pois nunca irao encontrar um europeu de Nome Kensani ou Wezu.
Deixem-nos viver a nossa identidade, ainda que esta va contra o vosso doutoramento Occidental.

Bem hajam os Kensanes, Wezus, Saluzais, Mbonganis, Terarais e todos afronomeados.....
Bem hajam, hoje para sempre.

Obrigado Professor José Jaime Macuane.
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27/8 às 14:47Editado
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José Jaime Macuane Caro Ussene Paulino Ussene, obrigado. Mas justiça lhes seja feita: em algumas das discussões feitas sobre o assunto, cito a do Jornal Domingo do dia 15/07/2015 (veja aqui): http://jornaldomingo.co.mz/.../5772-quando-o-nome-so..., até questionam os nome...Ver mais
Texto de Maria de Lurdes Cossa Um pouco por todo o país, os serviços de Registo Civil tem…
jornaldomingo.co.mz
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27/8 às 14:50
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Ussene Paulino Ussene Depois de ler o artigo, Sim concordo ha qe se lhes fazer justiça. Mas tambem me vem a ideia de porqe nao convidar para as conservatorias profissionais como psicologos, antropologos, e sociologos pra ajudarem nesta problematica da significacao dos nomes em nossas linguas nacionais....
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27/8 às 15:14Editado
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Raul Junior Excelente contribuição! Na zona sul, a sorte é que as pessoas têm nomes de casa (os verdadeiros que em muitos casos são usados por determinadas ocasiões) e oficialmente (colonialmente falando) outro nome para os registos. Eu a título de exemplo tenho três nomes. 1 usado nos meus registos, 1 usado por meus irmãos e outro que apenas é conhecido por mim e minha mãe! Andar a procurar valores semânticos dos nomes nunca ninguém terá nome. Nelson quer dizer filho de Nel! Ferguson quer dizer filho de Ferg. son=filho. Há muitos pais por essa via que não têm filhos!
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27/8 às 14:50
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José Jaime Macuane Eu também tenho um nome tradicional.
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27/8 às 14:54
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Tujó Zaza Meu caro, apresente se...
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27/8 às 22:04
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José Jaime Macuane Tujó Zaza , esse nome é como os cabelos de Sansão, se for retirado do segredo perco a minha força.
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28/8 às 2:14
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Gabriel Muthisse Ouvi essa tal Conservadora a falar na Radio, referindo-se especificamente ao nome de Nyimpine. Ponderei na incultura e na incompreencao dessa funcionaria pois, nos casos que conheco, esse nome teraa sido dado em homenagem a uma epopeia irrepetivel, de que as pessoas teem orgulho de nela terem participado, Conheco variantes desse nome, que eu nunca encontrei nada vergonhoso, como Mulweli e outras. O aberrante, todavia, ee recusar nomes como Khensani, Bongane, Xiluva e outros. So que, em alguns casos, a firmeza dos pais acaba demovendo esses burocratas. Como teria gostado que o meu nome tradicional tivesse sido aceite no Registo Civil. Parabens por esta abordagem Professor José Jaime Macuane.
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27/8 às 15:19Editado
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José Jaime Macuane Obrigado, caro Gabriel Muthisse, o pior é que ouvia das pessoas mais velhas a contarem as peripécias por que passaram no tempo colonial para "inventarem" um nome alternativo às pressas, no Registo Civil, para os seus filhos. É, no mínimo, um retrocesso que num país independente as pessoas ainda se confrontem com esse problema, mesmo quando os nomes que querem dar não são obscenos, com ambiguidade de género, ou se referem a eventos fantasiosos, como a legislação supostamente prescreve.
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27/8 às 15:11Editado
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Ilidio Da Silva Nao estaremos com este tipo de atitude a deitar fora um dos produtos da nossa independencia. Com esta atitude ate que ponto estaremos contribuindo para a elevacao da nossa autoestima. No tempo colonial visando os objetivos do colonialismo, os nomes a quando do registo sua escrita foi sendo alterada (mabjaia passaram a magaia) e em alguns casos foi se ao extremo de se atribuirem nomes de portugueses como processo de assimilacao. E meu apelido neste caso triste é um exemplo. De Alage passei para Da Silva
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27/8 às 15:31
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Fatima Cordeiro Acho que este assunto deve avançar para as entidades competentes e ser motivo de reflexão pois além de por em causa a liberdade dos pais a dar o nome que bem entendam aos seus filhos (desde que não ofensivos).
Esta negação deve ou não estender se a nomes como Hitler? Existem países que tem estas limitações por exemplo.

É importante termos em atenção e respeito a nossa cultura.
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27/8 às 22:18
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Emilia Macuacua Hummm não conhecia o significado do meu nome .agora entendo certas coisas q acontecem ,parece q faz sentido !
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27/8 às 15:07
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Becane Sibia He he he, nada haver com o seu nome
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27/8 às 20:02
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Fobricco Bennan Excelente reflexão, deveras pertinente.
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27/8 às 15:08
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Tito Tezinde Well said. O estado já participa de forma opressora em todas as facetas da vida nacional. E agora mais esta. E o mais aterrador é que este poder de interferência esteja entregue a funcionários juniores com muito questionável capacidade intelectual. Regresso à idade da pedra e o novo triunfo do animalesco sobre o civilizado/racionalidade? Anos 80 again?
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27/8 às 15:27
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Felisberto Luis Machava Acino por baixo doctor
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27/8 às 15:30
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Dino Foi Tem uma MOCAMBICANA chamada FU I SHAN, commumente conhecida como Stacy. Quando fomos ao registo a minha cara era aquela de "Não vamos entrar em brigas com minhas coisas" e não tive problemas.
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27/8 às 15:54
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José Jaime Macuane Você chegou com uma atitude "Singita"! E eles não quiseram te testar.
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27/8 às 16:06
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Dino Foi José Jaime Macuane : colono não aceitava nossos nomes, e os nossos também não querem nossos nomes?! Arri!!
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27/8 às 16:16
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Don Tivane Devo ter aprendido contigo, Mais Velho Dino Foi, é que anos mais tarde após o nascimento e registo da Stacy, também fui lá dizer que há um Ntivane que se pretende que o primeiro nome seja Martin, e não eu não estava com cara de muitos amigos. Quase nos agarramos mas, naquele khomani-khomani, por sorte, nem foi necessário tirar a minha Glock.
É inadmissível, conforme rematou e muito bem o professor José Jaime, que sejam aceites, sem questionar, nomes bem menos sonantes que "os nossos", outros em algum momento até "insultuosos", mas não se permita, por exemplo, um Bongani/Khensani. Nesse aspecto, os nossos irmãos Sul africanos nos batem 50-0, tipo Mayweather ontem, ya.
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27/8 às 22:28
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José Jaime Macuane Don Tivane Gostei do Khomani-Khomani. Dá para ni mi vona na mi kondlile a swi bakela, depois va mi lamulela.
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28/8 às 14:31
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Don Tivane Hi kondlile a ti'nhindhe sawena, a pswi-bhakela i-ntlhangu wa va tsongwana, hinkwapswu lepswu na hi zama ko ku-bhala a mavitho. Nambi pswi li-thanu hi ta phoma.
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28/8 às 14:43Editado
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Dino Foi Don Tivane : usungulekile wena!!
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28/8 às 15:30
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Januario Guibunda Parabéns, Professor José Jaime Macuane, pelo tema e pela reflexão. Este é um assunto com vários condimentos. Tenho o privilégio de trabalhar com nomes, chegando a ver milhares deles, por dia, desde a altura em que assinava cartões de trabalho, na qualidade de Director Provincial do Trabalho e deixem-me dizer que há aspectos que requerem, de facto, um debate. Por exemplo, num Estado unitário, como o nossos, quando te aparece o nome de um servidor público que, em mais de 4 línguas nacionais, não se pode pronunciar sem embaraço, por corresponder ao nome de um órgão sexual ou mesmo de excrementos
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27/8 às 16:00Editado
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José Jaime Macuane Dr. Januario Guibunda, obrigado. Conforme disse, concordo e entendo a ideia dos limites que devem existir, dentre os quais obscenidades. Mas a questão é que será complicado evitar que os nomes passem no teste de obscenidade até em todas as línguas nacionais. O importante é aprofundar mais a reflexão sobre os limites para evitar violar os direitos das pessoas. Como sabe, alguns dos nossos compatriotas do Sul têm como nome de família Matchimbene, Valoy e outros que se prestam à interpretações negativas. Se aplicarmos a regra sem reflexão já dá para calcularmos para onde podemos caminhar no futuro.
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27/8 às 16:08Editado
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Januario Guibunda Não me posicionei, apenas trouxe uma faceta do problema.
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27/8 às 16:13
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José Jaime Macuane Entendido, prezado. Ainda estamos no espírito do debate.
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27/8 às 16:16Editado
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Edu Humbane Meu pai chama-se Munene. Nao foi registado com esse nome porque o sistema colonial nao permitiu. Deram-lhe um outro nome, de origem portuguesa. Ha pouco mais de 10 anos quis dar esse nome ao meu filho, ate para reparar o mal feito pelo colono e um funcionario da conservatoria recusou "porque o nome tem significado". Pedi-lhe para mostrar a norma juridica em que se baseava. Nao me mostrou. Fiquei com sensaçao de que nao havia nada escrito. A historia é longa e nao cabe aqui. Mas acabei oficializando o Munene. Eu nao tenho duvidas. A nossa descolonização na sua plenitude ainda esta por fazer. É completamente pacifico dar nomes brasileiros, de estrela americanas, do ex-colonizador. Mas os nossos nomes nao, "porque vai constranger a criança". Descolonizemo-nos!!!
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27/8 às 16:08
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José Jaime Macuane Precisamente, Edu Humbane, como coloquei no comentário ao post do Dr. Grabriel Gabriel Muthisse acima, em alguns casos parece continuidade das agruras sofridas no período colonial.
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27/8 às 16:10
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Fatima Cordeiro Pode sempre acrescentar o Munene ao seu nome. Processo simples! ....
Edu Munene Humbane.
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27/8 às 22:20
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Sarmento Abel Sande Impressionante, o assunto é pertinente. Alguns nomes autóctones tem significados hilariantes. Nomes como Mazembe, Rafik e Shida (uma colega de turma em anos recente), significam "Corvo, Amigo e Problema",respectivamente.
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27/8 às 16:18
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Sarmento Abel Sande Em KiSwahili.
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27/8 às 16:18
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Júlia Saranga Queria dar um nome diferente aos meus futuros filhos, mas esta reflexão ja está a fazer-me pensar melhor. Talvez terei de escolher dois nomes para no caso de não aceitarem um poder registar outro.
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27/8 às 16:32
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Sarmento Abel Sande Seria melhor três nomes. No entanto, não há como driblar as nossas origens.
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27/8 às 16:36
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Tchezan Da Cris Macie Por mim escolhia apenas um nome e explicar o significado. Caso não aceitem, que se lixem.
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28/8 às 9:41
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Sarmento Abel Sande Ainda sobre o caso, tenho um primo que foi baptizado na Igreja Católica com o nome de Luís do Rosário, mas chegado a hora de ser registado cujo processo feito pelo avó paterno e que insistia em dar um nome africano, o colono rejeitou. La o velho foi insistindo alegando que de todos os meus filhos que tenho, apenas fiquei com ele e os restantes já não estão comigo (uns haviam emigrado para Rodesia do Sul, outros para Botswana, outros ainda se juntaram a FRELIMO em Dar—Es—Salaam). Perante a irredutibilidade de ambas as partes, eis que o colono cedeu e lhe foi atribuído o nome de Massalambane, ao invés do Rosário, que em CiNyungue, significa "quem ficou". Enfim, esta é a nossa realidade.
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27/8 às 16:34
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José Jaime Macuane O colono deve ter sido convencido quando ouviu que um dos filhos do seu avó tinha se juntado à Frelimo. Não quis arriscar que o velho e o filho que lhe restava engrossassem as fileiras.
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27/8 às 16:39
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28/8 às 9:48
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Dércio Tsandzana O nome devia significar alguma liberdade, não sendo da competência de uma instituição determinar como me devo chamar. Não se pode interferir na vontade dos pais em como querem que os seus filhos sejam chamados, embora se assistam alguns exageros de significados dos mesmos nomes. Outrossim, para mim é uma evolução o facto de se abrir a possibilidade de se mudar o nome no futuro, o que mostra que o nome dado hoje pode mudar amanhã. Por exemplo, na próxima semana pretendemos registar um recém-nascido, até agora não sei se aquele nome (Otis) vai ser aceite 🙂.
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27/8 às 16:56Editado
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José Jaime Macuane Dércio Tsandzana, leve este artigo como "back up" que o burocrata que estiver lá vai ficar sensibilizado.
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27/8 às 17:06
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Dércio Tsandzana Lissungu Mazula, tome nota deste artigo, vai dar tudo certo.
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27/8 às 17:07
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Becane Sibia A colonização, o envagelho de prosperidade é a causa dessa confusão toda. Se isso fosse verdade na Swazilandia e África do Sul a maioria seriam demónios e tudo mais negativo. Aqui em Moçambique até os cães da cidade tem nomes do ocidente. Valha me Deus.

Valorizemos a nossa cultura. Haja mais Nyembetis, Nlhomulos, Khensanes, Danissane, Nyankwavane, etc. Haja liberdade nem
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27/8 às 16:58
Gerir
Miguel Delacasa Mocuane, no brasil onde estou desde 2012, ha varios casos de nomes africanos que sao rejeitados nos cartórios onde ha inclusive Uma base de dados com "nomes aceitaveis". Vez a outra ha sempre relatos de pais contrariados nesses lugares ao tentar regist...Ver mais
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27/8 às 17:09
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Dino Foi Assim como no Brasil rejeitam nomes africanos na África também devemos aceitar rejeição de nomes africanos!
Clap, clap, clap.
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27/8 às 17:10
Gerir
José Jaime Macuane Aí está a contradição, Miguel Delacasa, sob o ponto de vista histórico, cultural, político, ideológico, ou lá o que se quiser dizer.
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27/8 às 17:11
Gerir
Miguel Delacasa Acho que a politica e a ideologia é Clara: nos afastar o Maximo possivel da nossa cultura, da nossa tradicao e ao mesmo tempo fazer com que adoptemos as praticas e habitos europeias. O projecto colonial continua o mesmo. Triste é que nos nossos países, é implementado por nós mesmos. Ouvi também conversa entre angolanos referindo da veemencia das autoridades na negacao dos nomes locais naquelas bandas...
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27/8 às 17:16
Gerir
Valdemir Zamparoni Poderia citar tais casos e onde? No Brasil não faltam nomes bastante esdrúxulos e não falo de nomes africanos e ou estrangeiros mas de nomes inventados. Esses sim, podem facilmente, criar condições para bullying futuro. Mudar de nome aqui, exige processo judicial. Não é simples.
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28/8 às 13:19
Gerir
Miguel Delacasa Valdemir Zamparoni viste isto:

DEFENSORIA PUBLICA

No capítulo de ontem (05) da novela “A Força do Querer’’, a personagem transgênero, Ivana, sofreu discriminação ao procurar emprego se apresentando com visual masculino e nome de mulher.
Após o episódio lamentável, Ivana decidiu trocar seu nome e agora quer se chamar Ivan!
Ivan, nós podemos te ajudar!
Procure o núcleo mais próximo da Defensoria Pública para ajuizarmos uma ação de retificação de registro e alterar o nome e o sexo na sua documentação. Para isso, você vai precisar dos seguintes documentos:
- RG;
- CPF;
- Comprovante de residência;
- e Cópia da Certidão de Nascimento.
😉
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7/9 às 20:01
Gerir
Benilde Nhalivilo Nhalivilo Completamente de acordo com o professror Macuane, contudo há que reconhecer que há nomes que tiram toda a dignidade a pessoa, por exemplo, conheci um indivíduo, irmão do trabalhador de uma amiga que tinha o nome de sofrimento...quando soube, sugeri a mãe que desse outro nome...em tempos conheci tambem outro senhor que trabalhava na organização onde eu estava e ele era mais tratado pelo apelido que,não era nada mais e nada menos , Macaco...confesso que eu tinha muitas dificuldades em chama-lo por Macaco e um dia perguntei se os filhos que tinham o mesmo nome nao sofriam com os colegas ao que ele confirmou e me explicou que o bisavô tinha apelido de Simango, mas, ao longo do tempo passaram de Simango para Macaco...sinceramente achei muito complicado...contudo, considero a reflexão importante é concordo com o post do professor e com a maioria dos comentários
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27/8 às 17:43Editado
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José Jaime Macuane Obrigado, Benilde Nhalivilo Nhalivilo. Certamente que esta discussão não é um caminho de uma via só.
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27/8 às 17:44
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Dino Foi Alguns nomes tem um significado específico para os pais e, no caso MOCAMBICANO depois dos 18 anos cada um pode mudar completamente o nome.
Assim se eu não estou contente com o meu posso muito bem mudar para "Stuart Junior wa Inhassunge" ai do Conservador que tentar comprar esta luta!
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27/8 às 17:48
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Vasco Acha Mas tb pode adoptar nomes artisticos o caso do ungulane Wa ba Khossa etc. Ou Salvador Mayazo o vulgo Mr.Baw
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28/8 às 3:44
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Edgar Cubaliwa Esses infortúnios resultam da herança colonial que ainda não conseguimos romper. É Mais fácil aceitar Kelvin mesmo sem entender do que Tobonga. Este ultimo pertence ao não desejável, primitivo, indigena, traditional. O que é inadmissivel para uma sociedade que se quer civilizada nos padrões ocidentais. É um longo caminho para a liberdade.
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27/8 às 19:02
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Silvestre Chiuone Malate Até o Pai do Billy chama-se "Oceano". Só não sei o que significa WEBER, que dá nome ao Pai do Max, inspirador dos "Burocratas". Ainda estou investigando. Felizmente sei qual é o significado do nome do Pai do Sr Paulo, filho do Sr Portas; do nome do Pai do Sr João, filho do Sr Pinto...
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27/8 às 19:56Editado
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Sdd Magumane grande reflexão
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27/8 às 19:44
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Jose Majasse Dombe Bem dito um homem um significado.
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27/8 às 19:52
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Denzel Nhamuave Minha filha nasceu numa sexta feira santa e decidimos regista—la como Wendy de Jesus Nhamuave, mas não escapamos ao livre arbítrio dos Burocratas...que prontamente recusaram...
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27/8 às 20:16
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Silvestre Chiuone Malate A propósito, qual é a posição acerca de nomes de origem inglesa?
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27/8 às 20:34
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José Jaime Macuane Veja aqui algumas das ideias: http://jornaldomingo.co.mz/.../5772-quando-o-nome-so...
Texto de Maria de Lurdes Cossa Um pouco por todo o país, os serviços de Registo Civil tem…
jornaldomingo.co.mz
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28/8 às 2:08
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Silvestre Chiuone Malate Grato. Só não me pareceu clara a posição oficial!
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28/8 às 6:59
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28/8 às 14:32
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Elisio Langa Um pouco mais de petróleo nas ja escaldantes labaredas:

Rosa Mota-?
Cravo Bicicleta-?
Jose- aquele que aumenta
Elisio- panteao dos deuses
Pedro/Peter-Pedra/Rocha
Schmidt-Ferreiro (Simbine)
Drinkwater-?
Emanuel- Deus está conosco
Jeremias-Aquele q chora
Touro Sentado-?
Etc
.....
......
Todo o nome tem um significado salvo muito raras excepções . Uns sao mais apelativos que outros!

Veja se...

Virginia (de virgem?)
Maria (sera Ma ria!?)
Madunani (Machão)
Leao
Pernão
Couto(coito)
Vanessa-Borboleta
Feio- Mabuhane
Mackenzie-?
Barata- Hele
Etc
.....

Não estarão os ilustres funcionarios patrocinando uma discussao sobre o sexo dos anjos?!
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27/8 às 22:06
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José Jaime Macuane Precisamente. Que significados deveriam ser aceites e quais não devem? Isso é uma discussão que pelo menos não foi aprofundada.
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28/8 às 2:08
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Nhampossa Paulo Infelizmente também passei por essa (triste) situação este ano quando fui registrar meu filho. Quis lhe dar o nome de Katekile mas infelizmente a senhora negou de o registrar alegadamente porque à prior desconhecê se o género (se é homem ou mulher) tentei insistir mas foi em vão pois ela não mudou de opinião... Mas o que mais me doeu é que ela aceitou um casal registrar o filho com o nome de CRIS.

E eu lhe perguntei esse nome não é diminuitivo ( de Cristina ou Cristiano)?
Fiquei sem resposta
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27/8 às 22:19
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José Jaime Macuane Mas está aí outra inconsistêcia. O gênero é definido apenas de acordo com as regras do português. Como se define o género em línguas nacionais a partir da terminação do nome. Alguém já procurou esclarecer isso com os linguísticas antes de se definir essa regra?
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28/8 às 2:06
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Che Chiweteka Uma observacao bastante importante
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28/8 às 8:49
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Sergio Ricardo Conjo Mukwash É de extrema urgencia que se faça um estudo mais apurado sobre as linguas nacionais para que se defina as regras que otras línguas carregam de modo que se desbloqueie várias barreiras tais como esta( dos nomes)
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31/8 às 16:35
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Eva Trindade Há tantas coisas com consequências nefastas por aqui e nada fazem...O preço do combustível, da portagem, do pão e por aí além tem consequências nefastas no meu orçamento familiar...farão algo para reverter isso? ! ..
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27/8 às 22:28
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José Jaime Macuane Hehe. Esses têm a missão nobre de evitar o sofrimento futuro. O sofrimento presente não é preocupação, porque logo será passado.
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28/8 às 2:04
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Eva Trindade Evitar o sofrimento futuro?! ... então é isso?! Okay!! Que tal investir seriamente na educação destas crianças que tentam alterar o nome? Que tal investir na eliminação dos casamentos prematuros que roubam todo futuro a estas mesmas crianças? Que tal investir em criação de postos de saúde devidamente apetrechados nos distritos e localidades para eliminar o surgimento de fistulas obstetríca que rouba toda possibilidade duma vida a muitas destas crianças? Que tal investir em garantir a segurança alimentar para dar um futuro a estas crianças? ...que tal??
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28/8 às 12:34
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Rodrigues Chilusse No meu entender não é um fulano X que deve decidir o nome pelo qual alguém deve ser registado. A decisão de nome tem sido de âmbito familiar e que sendo assim não se deveria abrir algum espaço para uma segunda negociação
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27/8 às 23:16
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Joseph Chilaule Trabalhei em namaacha um dos distritos da província de Maputo e conheci um polícia de proteção por sinal comandante chato e rude o nome até aparecia nos rodapés da televisão no telejornal quando houvesse sua intervenção "JHON NHONPFI" ou João cú. Eu pergunto onde estavam esses burocratas na altura do registo deste?? . Vergonha!!
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27/8 às 23:56
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Toneras Taimo É uma ficha
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28/8 às 0:03
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Abel Mavie Em 2002 fui a uma conservatória na cidade de Maputo para registar meu primogênito. Nem quiseram saber do nome e me sugeriram outros. Pedi tempinho para pensar mas fui a outra conservatória m...
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28/8 às 1:09
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Arone Chilengue Bem dito professor. É uma aberração admitir dar o nome Zangado num certo ponto do país e dasautorizar em outro a atribuição do nome Bongani.
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28/8 às 2:19
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Vasco Acha O meu filho é Kivu o nas minhas origens Kivuri é lareira porque o tipo deu nos susto pq depois de ter nascido voltou a incubadora e respirava quem nem gato. E avo sempre dizia q o gato gosta do Kivuri. Capaz... Viram q eu nao brincava de doideira. Assim é Kivu até hoje.
Contudo é lamental que a lei seja essa e também é lamentavel que pais deiam nomes chatos noutras provincias como Mutombene wa Ntombi é insulto em CDelgado capaz de haver FloydMayweather.
Isto porque Moz è grande com varias linguas se fosse unica lingua e cultura como as nacoes euripeias nao haveria problemas
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28/8 às 3:54
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28/8 às 8:26
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Goal Scorer Obrigado pelo post. Veio-me à mente o título "Tótem e Tabú", de um livro que não cheguei de ler. O título podia ser adaptado para Tótem é Tabú! Porque de facto é tabú.

Em África as famílias levam um nome místico, secreto, carregado de grande significado e de um certo poder. Um nome supersticioso, que pertence a uma dimensão espiritual. É um nome que vem da ancestralidade e não deve aparecer no bilhete de identidade. É, digamos assim um tótem e também tabú.

Os feiticeiros se o descobrem, podem fazer talismãs, ou marionetes de bonecos para maltratar a pessoa que deixou escapar o seu nome tradicional. É um nome que pode causar morte ou doença. Alguns se atravem a trazê-lo como apelido e, eureka! Ficam expostos. Nomes como Nhumba, Mtswairo, Ndtússi, Matúzwi, Ngonjara, Zotopera, Kufa ...etc. É uma longa história.
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28/8 às 9:13
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John Wetela Ciencia nomenclatura.
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28/8 às 9:57
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Caula Manuel Que tal dar nomes como Ntseke, Guebusa, Ematum?
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28/8 às 10:00
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Carlos Paruque O Cleyton meu filho foi a sugestão da funcionária da conservatoria da matola depois de ter rejeitar o nome que fora do consenso familiar... Prof José Jaime Macuane trás um debate que no meu ponto de vista merece atingir vários ângulos da sociedade, pois, isto mexe com a vida social das pessoas e os funcionários da rua me parecem todos despreocupados cpm o cenário e se sentem verdadeiros prestadores de serviço público. Há danos imensuráveis por estes cometidos,
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28/8 às 10:15
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José Jaime Macuane Então eles podem sugerir nomes? Que absurdo?
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João Pedro Muianga O funcionário dos Serviços do Registo Civil, só pode atribuir nome ao registado, naqueles casos em que o registado (passa a aparente redundância), for uma pessoa abandonada. O caso de sugestão de nomes pelos funcionários do registo civil à pessoas diferentes das que mencionei, enquanto o fazer em nome do Estado (administração), é um acto ilegal para todos os efeitos.
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Vincent Nhavene Absurdo dos absurdos
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João Pedro Muianga Pela sua dimensão persuasiva, o artigo é inequivocamente rico, não só, enquanto pretender influenciar o melhoramento da actuação da nossa administração publica também é inquestionavelmente importante.
Ao ler o mesmo, conservei duas coisas importantes, a actuação negativa de um servidor da administração (Conservador) que se recusa ao registo de nomes que nas suas palavras diz que “Não fica bem os pais darem o nome de Nyimpine à uma criança, porque os nomes devem significar felicidade e esse nome pode persegui-la até ao fim da sua vida.”
A outra questão, é a que o amigo José Jaime Macuane coloca, que tem a ver com os limites do direito de atribuir nomes, persuadindo a sua devida ponderação, ora, a lei na Republica de Moçambique é clara para esta matéria, falo da Lei 12/2004, de 8 de Dezembro que aprova o Codigo de Registo Civil, se formos aos n°s 2, 7 e 8 do artigo 129 da mesma lei, encontraremos lá patente as respostas das colocações do ilustre.
O legislador no n° 2 do artigo supracitado, diz que os nomes próprios não devem suscitar além de dúvidas sobre o sexo do registado (Ex.: Dar ao seu filho homem o nome de Isabel, Maria, Laura e etc.), não deve também confundir-se com meras denominações de fantasias, associações de caracter cívico, político ou religioso, (Ex.: Dar ao seu filho nome de Coca-Cola, Iogurte, 2M, AMODEFA, ADECOM, AMETRAMO, ADEMO e atc.) mas no mesmo número, a lei confere excepção naqueles casos em que se atribui nomes dessas características desde que sejam de uso vulgar (Ex.: Nhimpine, Nkensane, Matilwene, Nkululeko, Mussumbuluko, Ndambine e etc.).
O n° 7 do aludido artigo, diz que sempre que o significado do nome escolhido for ofensivo aos usos e costumes do local da conservatória, o conservador pode solicitar aos interessados a apresentação do fundamento de que esse nome corresponde à realidade social da origem do registado, ( Ex.: Em caso do Professor Gideon Chitombo, vier em Maputo e envolver-se com uma mulher com qual vier a ter um filho que coincidentemente atribui-lhe o nome do pai nesse caso chamar-se Gideon Chitombo Jr., ai, o conservador manda chamar os pais para fundamentar a razão deste nome sem necessariamente negar a sua adopção e registo).
E ainda mais, a lei vem a proteger mais os particulares registandos, conferindo-lhes mais garantias (garantias recursórias) que em caso haja recusa do registo do suposto nome, cabe ao particular interpor recurso hierárquico, dando a perceber que o acto administrativo negativo ou seja, de a conservatória recusar o registo, não é um acto administrativo definitivo e executório sendo lhe cabível o recurso.
Em volta de toda essa explicação, há que ressalvar a existência de aspectos públicos a se tutelar que decorrem do facto de o Estado ter interesse em que as pessoas sejam perfeitas e correctamente identificadas na sociedade pelo nome e, por essa razão, disciplina o seu uso no código do registo civil, disciplinando também o registo de nomes susceptíveis de expor ao ridículo os seus portadores senão melhor fundamentada a sua atribuição.
O aspecto individual consiste no direito ao nome, no poder reconhecido ao seu possuidor de por ele designar-se de reprimir abusos cometidos por terceiros.
Para terminar, diria que os funcionários dos serviços do registo civil não devem só recusar, pura e simplesmente, porque não fica bem atribuir esses nomes, devem solicitar a fundamentação de quem atribui o nome cabendo ao conservador emprestar a sua interpretação jurídica e da realidade social sobre esse nome.
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28/8 às 13:56Editado
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José Jaime Macuane Prezado João Pedro Muianga. Obrigado pelo seu esclarecimento com embasamento legal. Muito pertinente. A razoabilidade do que está expresso na lei é evidente. O problema é a interpretação e aplicação. Por exemplo, dizia alguém (Nhampossa Paulo acima) que colocaram em questão o género do nome de inspiração de língua nacional que deu ao seu filho (Katekile, que por sinal terminava com e). Ora, a ambiguidade de género é definida com base em que língua: o português ou qualquer língua? E como bem nota, ainda existe o problema da actuação do servidor público, até duvido que seja o conservador, que acredito que normalmente é uma pessoa informada, mas sim é o funcionário da Conservatória que exerce o seu poder de forma arbitrária, não dando espaço para as pessoas explorarem as alternativas de recurso, ou esclarecendo a lei. Parece-me que a legislação tem princípios razoáveios, mas qaue ainda precisam ser domesticados e serem mais sensíveis à realidade nacional e principalmente ao momento histórico, com esse revivar da vontade de valorizar as línguas nacionais, pelo menos nessa vertente dos nomes. Creio que deveria haver mais espaço para se debater um pouco mais a aplicação da lei, porque de facto existem arbitrariedades na sua aplicação, acredito que algumas vezes até violando o seu espírito original (algo a que fiz menção no texto).
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João Pedro Muianga De facto Macuane, o problema que se coloca na nossa administração, é a qualidade dos nossos servidores, falo disto exactamente, no que tange o nível de conhecimento que essas pessoas têm na interpretação das normas, porque para além do grifado literal da lei, há que se aprender outros níveis de interpretação que as leis suscitam.
Vejo inércia da administração (admito que eu esteja errado), no que respeita a formação contínua dos seus agentes, não apenas nos serviços dos registos civis mas também em outros sectores da administração.
Se foi uma Conservadora a proferir palavras que transcreveu no seu texto, asseguro-lhe sem sombras de dúvida que a administração pública e da justiça em particular, está realmente doente, porque a pior interpretação veio daquele que devia dissipar a verdade. Estamos perante um Vigário que solicita o ensinamento do sinal de cruz ao seu catecúmeno.
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Gabriel Muthisse Parabéns, João Pedro Muianga, pela explicação. Ontem o amigo Januario Guibunda havia levantado a questão de que um nome, no sul, pode ser considerado insultuoso no Norte e/ou vice-versa. Embora tenha entendido o que o meu Mano Mais Velho quis dizer, fiquei com uma pulga na orelha. Essa pulga adensou-se quando um outro amigo trouxe o exemplo do nome/apelido Muthombhene, que seria considerado obsceno em algumas línguas de Cabo Delgado. A questão que se me suscitou foi/era, haveria como evitar, por completo isso? Um inglês de apelido Mackenzie passaria mal nas províncias do Sul, pois os falantes das línguas desta região sabem o que significa a pronúncia desse nome. Se um britânico com esse apelido viesse radicar-se em Gaza deveria abdicar do seu apelido ancestral? Há muitos outros casos, mesmo em relação a apelidos do Centro, em relação às línguas do Sul (conheço um Machimba, da zona Centro. Fiquei a saber que lá, Machimba não tem o mesmo significado que aqui no Sul). O que o amigo Guibunda disse, fez suscitar a seguinte questão: um Conservador deveria recusar liminarmente o nome Machimba ou Muthombhene em função dos significados díspares que possam ter?

A tua explicação, que se socorreu do nome de Guidion Chitombo trouxe um pouco de luz. O que o Lei diz é que eu, tendo esse apelido/nome de Machimba, devo ser chamado para explicar o significado do nome no meu contexto social/linguístico. E faz bem a lei.

Faz bem porque é praticamente impossível evitar essas disparidades de significados, num contexto multilíngue como o nosso. Há-de haver sempre uma expressão que é digna e honrosa num lugar e derrogativa e obscena noutro. Testemunhei isso quando participava em Presidências Abertas com o Presidente Guebuza. O importante é eu ter noção do que o meu nome de Mackenzie significa na minha tradicao/linhagem/lingua.

Trabalhei muito na Zambezia. Lá tratavam-me por Tokwene e isso fazia-me impressão. Na minha língua, Tokwene é um símio, da família dos Chimpanzés. Em E- Chuabo esse termo poderia ser traduzido talvez por "digníssimo", "respeitado", "ilustríssimo". E é reservado para pessoas realmente distintas.

Pela explicação que deste, a lei salvaguarda toda esta nossa riqueza linguística, que não devemos ter medo dela. Abraços
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João Pedro Muianga Obrigado eu, mas dizer que nao so em E-Chuabo ilustre Gabriel Muthisse, usa-se tambem o termo (Tokwene) em Jaua como prefixo semelhante a (S.Excia) como bem ilustra no seu comentario. Abraco fraterno!
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João Pedro Muianga Só para terminar mais velho Gabriel Muthisse, vou dar exemplo do apelido Macuacua que é frequente cá no sul de Moçambique, na zona norte do país concretamente em Niassa na etnia dos nyandjas, significa lagartixas, sendo cuacua= lagartixa acrescentando o prefixo ma, fica no plural.
Caso chamar um nyandja de cuacua ou macuacua, arranja sarilhos sérios.
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Gabriel Muthisse Está visto, impossível conciliar por completo as disparidades de significados. Isso não nos deve impedir de usar os nossos nomes nas nossas línguas, Tokwene João Pedro Muianga.
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Júlio Mutisse Devo dizer algo mais? Kkkk. JPM foste a lei e a interpretaste muito bem.
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João Pedro Muianga Obrigado meu irmão mais velho Júlio Mutisse, você sabe que com isto, nós os dois não brincamos. Mesmo aqueles gajos de lá só tiveram medo de nós!
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Júlio Mutisse Kkkkk OVERQUALIFIED...foi a primeira vez que ouvi. Kkkk
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Rosario Samuel Por favor, atribuam.nomes dignos aos vossos filhos
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28/8 às 14:17
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José Jaime Macuane O que seria um nome digno e indigno, tendo em conta o tipo de reclamações que as pessoas têm?
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Rosario Samuel Nomes de cuja nomenclatura condiz com o termo: substantivo proprio...!
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Rosario Samuel Esse problema ja nao e meu...passar bem....
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José Jaime Macuane Começou algo que depois não conseguiu terminar. Passe bem.
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Rosario Samuel Kkkk. Irmao deixemos isso para outro momento. E que existrm.nomes k de facto.....
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José Jaime Macuane Rosario Samuel Sei disso e acho que todos concordamos que sim. Por isso é que falo da critiatividade sem limites das pessoas. Há nomes obscenos, mas também há nomes que são recusados sem explicação consistente. A questão que irrita as pessoas é essa. Mas obrigado pela sua participação no debate.
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Rosario Samuel De nada amigo....! De facto qualquer recusa deve merecer explocacao para a pessoa perceber. Alias, isso e exatamente negar ou indeferir um.pedido e nestes casos a lei e clara. Qualquer decisao que nega ou retira um.direito deve ser muito bem fundamentado sob pena de nulidade (atos administrativos). Agora, para o.caso dos nomes a lei tambem e clara ao prever que o cidadao deve ser exclarecido sobre os reais motivos de nao.acritacao( neste caso, do nome k um pai pretende atribuir ao filho e que o Estado deve registar)....
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Rosario Samuel Dizia "merecer explicacao"
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João Pedro Muianga Eu também solicito a explicação de que é nome digno Rosário Samuel? Podemos ter andado em escolas diferentes que nos proveram de forma diferente os conhecimentos (admito a minha exígua inteligência para entender-te)
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Vincent Nhavene "O Cleyton meu filho...."
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Rosario Samuel Nomes que se devem.dar a pessoas e nao nomes de onjectos...fenomenos...eventos. o.amigo Joao.sabe do.que me refiro e por favor nao.se faca de despercebido...
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Arlindo Armando Matavele Nâo entendo porquê na Zambézia existem nomes e apelidos esquisitos tais como Pedro Lapiseira,Jorge Bacia,Raul Cemiterio num grupo e noutro Pedro Ferreira Amorim,jorge dos Santos por aí mas todos estes africanos pretos?
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28/8 às 21:13
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José Jaime Macuane Para os nomes portugueses, a explicação pode ser o facto de a Zambézia ter tido uma história de colonização muito particular, lembra-se dos Prazos da Zambézia? Sobre os nomes de objectos, é fruto também do colonialismo, atribuiçao de nomes de objectos aos indígenas em troca de nomes africanos, pode também ter havido algum que o escolheu por livre vontade.
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Maximo Bonifacio Bonifacio Por outro lado, eu acho k a tipicidade do nomees Zambezianos, tambem eh uma identidade ke se jusfica pla sua particularidade historica.
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Jorge Benjamim Concordo com plenitude. Realmente os nomes tem significado e princípios tradicionais que devem obedecer.
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28/8 às 21:31
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Tomas Armando Anuario Realmente, os funcionários do Registo Civil condicionam o registo, eu quis registar meu filho com um nome composto e, com o sobre nome e apelido seriam 4, mandaram reduzir até 3. Que coisa, a família organiza um nome e eles estragam tudo.
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29/8 às 6:27
Gerir
Agradecido Sitoe Porquê até não dizer que o Estado são pessoas iguais a nós, por isso não há razão para tanto monopólio sobre certas matérias sem prévia votação! Cadê a lei que proíbe isso, votada na AR e ditada por esses funcionários de rua? Esse assunto merece uma petição
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29/8 às 6:46
Gerir
Calbe Jaime Excelente prof. é altura de levar esse assunto para reflexões sérias e com envolvimento de todos sectores da sociedade
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29/8 às 12:53
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Filipe Vuma Boa abordagem ilustre. Espero que quem é de direito se preocupe.
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29/8 às 13:06
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Ad Leite Leite Nesta pérola anda se de costas mesmo! Fala se em valorização das línguas nacionais de maneira que até formam em línguas bantu. Fala se de unidade nacional! Afinal tudo não passa de politiquice e não de uma reflexão para unificar um país cultura mente segmentado?
Como pensam em organizar ou construir a nação rejeitando a sua génese cultural?
Será que não leram Chiziane ainda ou tem medo da cultura vingar suas acções no futuro, a reflexão do professor chama uma outra reflexão mais séria e abrangente!
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29/8 às 20:35
Gerir
Bethina Langa Chipondene falando de nomes históricos. estudei com uma moça chamada cemitéla. ela era a única filha viva da sua mãe. A mãe dela tive outros filhos que morreram ainda bebe; deu esse nome a ela pois ja nao tia fé achava que ela também avia de morrer.
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31/8 às 10:14Editado

1 comentário:

newjobsmoz disse...

Bom dia, gostaria de dar o nome de Khensana a minha filha, será que posso?

"Feliz 25 de Setembro a todos os Moçambicanos"