quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Administrador de Cheringoma confirma 13 mortes por asfixia


Administrador de Cheringoma confirma 13 mortes por asfixia
As autoridades administrativas e ligadas à justiça do distrito de Cheringoma, em Sofala, confirmaram, hoje, a morte por asfixia de 13 estrangeiros nas matas daquele distrito e afirmaram  que são cidadãos etíopes e não somalis.
De acordo com o administrador daquele distrito, José Tomás, os 13 etíopes em referência foram achados por uma patrulha de rotina das Forças de Defesa e Segurança estacionadas naquele ponto do país, na manhã do passado dia 23.
“Deslocamo-nos de imediato para local com a informação que dizia que havia quatro mortos nas matas. Chegados em Becanta, local onde os corpos foram achados, verificamos que afinal eram 13 corpos. Comunicamos de imediato as autoridades ao nível da província de onde recebemos reforços, composto por elementos da SERNIC, médicos legistas e da Procuradoria, isto no dia seguinte”.
Tomás garantiu que iniciou naquele mesmo dia um trabalho de peritagem que veio a culminar no dia  25. “Dado o avançado estado de decomposição dos corpos, depois de toda a peritagem, por parte do Ministério Público, a Medicina Legal e a SERNIC, conclui-se que os corpos deveriam ser sepultados no mesmo local e assim aconteceu de forma condigna. Os resultados obtidos no local pelos peritos indicam que as vítimas morreram por asfixia”.
Então, confirma-se que os mesmos seguiam num contentor? “Sim. Os resultados das investigações e da perícia indicam isso. Mas se perguntar o tipo do camião e a matrícula, não saberei dizer neste momento”, afirmou o administrador de Cheringoma.
Ainda no dia 25, de acordo com o administrador de Cheringoma, a polícia foi alertada sobre a existência de vários objectos espalhados numa mata na localidade de Mazamba. “Deslocamo-nos ao local e encontramos entre os objectos, garrafas de água, de cerveja de diversas marcas, pão seco e vários documentos de origem etíope que, depois de uma investigação, os peritos concluíram que eram pertences dos 13 finados”.
Em Cheringoma o procurador local declinou prestar depoimentos a nossa equipa de Reportagem e remeteu-nos ao seu Ministério na cidade da Beira.


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